Setembro Amarelo: por que precisamos falar sobre saúde mental?

Por prof. Me. Luiz Neto

Todo ano, quando chega setembro, uma cor passa a ocupar espaços públicos, redes sociais e rodas de conversa: o amarelo. Mas será que temos refletido de fato sobre o que está por trás dessa campanha? O Setembro Amarelo não é apenas um mês marcado por laços ou hashtags, é um convite urgente para repensarmos como estamos cuidando da nossa saúde mental e da saúde daqueles que nos cercam.

Quantas vezes você já ouviu alguém dizer “isso é frescura” quando o assunto é sofrimento emocional? Quantas vezes, talvez sem perceber, você mesmo deixou de acolher alguém que precisava de escuta? A campanha existe justamente para romper barreiras, derrubar estigmas e abrir espaço para diálogos que salvam vidas.

É preciso lembrar que saúde mental não se restringe a diagnósticos ou tratamentos médicos — trata-se de algo presente no cotidiano de todos nós. Como lidamos com as pressões do trabalho? Com as expectativas familiares? Com as frustrações que inevitavelmente fazem parte da vida? Estamos nos permitindo falar sobre o que sentimos, ou seguimos presos na ideia de que “é melhor guardar para si”?

Ao refletirmos sobre isso, percebemos que discutir saúde mental não é um favor que fazemos aos outros, mas um compromisso com uma vida mais digna e humana. Apoiar alguém pode começar com algo simples: escutar sem julgar. E buscar ajuda profissional não deve ser encarado como sinal de fraqueza, mas sim como ato de coragem e autocuidado.

Setembro Amarelo, portanto, nos lembra que falar pode mudar tudo. A pergunta que fica é: estamos realmente dispostos a transformar o modo como enxergamos a saúde mental ou vamos deixar que o amarelo passe despercebido até o próximo setembro?