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Neste sábado, 06, o músico rio-grandino Hermes Duran participa da final do 16° Canto Nativo de Santo Augusto, um dos festivais mais tradicionais da música nativista gaúcha. O artista concorre na Categoria Geral com a composição inédita “O Mate e a Modernidade”, que tem letra de Vaine Darde, natural de Capão da Canoa. A canção foi selecionada entre 584 músicas inscritas, figurando entre as sete finalistas da Categoria Geral, e será interpretada no palco por Eduardo Maicá. A apresentação acontece no Sindicato Rural de Santo Augusto, com transmissão ao vivo pelo Instagram do festival e, na íntegra, pelo YouTube. Após o evento, a música integrará o CD oficial do festival.

Hermes Duran nasceu em Alegrete e vive no município do Rio Grande há mais de 29 anos. Com mais de 30 músicas gravadas em plataformas como o Spotify, onde se apresenta como Hermes Duran Oficial, o compositor acumula uma trajetória em festivais nativistas e já foi premiado em outras edições. O artista lamenta a falta de incentivo do Festival Nativista na cidade, em que, segundo ele, já foram realizadas quatro edições, porém não tiveram continuidade. 

Sobre a inspiração para a música, Hermes explica que a ideia surgiu ao observar a figura tradicional do gaúcho “mateando”, porém mergulhado no mundo digital. A letra reflete essa dualidade: “Eu não entendo essa tal modernidade / Que cada vez se torna mais individual / Onde as pessoas saem da realidade / Para se exilar em um mundo virtual”, refrão da música “O Mate e a Modernidade”. 

Festival

O 16° Canto Nativo é promovido pela Associação Cultural Canto Nativo e acontece entre os dias 5 e 6 de setembro, com uma fase preliminar na quinta-feira dedicada à categoria Piá, para jovens de 8 a 15 anos. Na sexta-feira, sobem ao palco as músicas das categorias Local e Quebra-Costelas. Ao todo, são 17 composições finalistas, oriundas de diversas cidades, como Caçapava do Sul, Lajes, Pelotas, Palmeira das Missões e Três de Maio.

A final contará com premiações em dinheiro e troféus nas categorias: Melhor Intérprete, Melhor Letra, Melhor Melodia, Melhor Arranjo, Música Mais Popular (voto do público) e Talento Regional, em homenagem a Margot Rodrigues. A música vencedora do festival receberá R$ 3.000.

O evento, que acontece anualmente desde sua primeira edição, busca valorizar a cultura gaúcha e fortalecer a identidade regional por meio da música. “Quem sabe a gente não lute para ter um festival nativista aqui em Rio Grande”, conclui Hermes.