Rio Grande do Sul: DNIT dá início à elaboração de projeto do contorno ferroviário de Cruz Alta
O empreendimento inclui a implantação de um novo pátio para mitigação de conflitos ferroviários com o sistema viário no perímetro urbano e Obras de Arte Especiais (OAEs).

O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) iniciou, nesta quarta-feira (22), a elaboração do projeto básico para a construção do contorno ferroviário no município de Cruz Alta, no estado do Rio Grande do Sul. A iniciativa prevê a implantação de um novo pátio ferroviário para reduzir os conflitos entre a linha férrea e o sistema viário dentro da área urbana, além da execução de Obras de Arte Especiais (OAEs).
Com um investimento estimado em R$ 8,3 milhões por parte do Governo Federal, o projeto básico incluirá a construção do Contorno I, com extensão de 18,69 quilômetros e dois viadutos ferroviários projetados sobre rodovias; o Contorno II, com 11,10 quilômetros de extensão e também dois viadutos ferroviários; a implantação do novo pátio ferroviário de Cruz Alta; ações para mitigar os conflitos entre ferrovia e sistema viário no perímetro urbano; além da realização de estudos ambientais necessários à obtenção das licenças pertinentes. Os cerca de 30 quilômetros planejados substituirão os atuais 45 quilômetros de ferrovia que atravessam a cidade.
Segundo o diretor de Infraestrutura Ferroviária, Eloi Palma Filho, o projeto tem uma perspectiva de longo prazo. “Hoje, a ferrovia passa por dentro de Cruz Alta. Com o contorno ferroviário, o tráfego será desviado para fora da cidade, de forma segregada. Além disso, a concepção da obra já considera a futura implantação da Ferrovia Norte-Sul, que parte do Maranhão e conecta-se ao estado de São Paulo. No futuro, ela deverá ser estendida até o Paraná, Santa Catarina e o porto de Rio Grande (RS), passando por Cruz Alta”, explicou.
A nova via férrea será projetada em bitola mista, contemplando os dois padrões atualmente utilizados. Os terminais de transbordo da malha ferroviária no Rio Grande do Sul atendem principalmente à demanda por transporte de commodities agrícolas, como soja e farelo de soja, além de combustíveis e derivados, açúcar, produtos agrícolas diversos, contêineres, adubos e fertilizantes, produtos de extração vegetal e celulose, cimento e itens industrializados voltados à construção civil.
Atualmente, Cruz Alta é o município com o maior volume de embarque em tonelada por quilômetro útil (TKU) de soja, milho e trigo no Rio Grande do Sul, além de ser destino relevante para o transporte de outras cargas.
COMENTÁRIOS