Polícia Civil do RS prende homem suspeito de ataque contra o sistema do Tribunal de Justiça
A prisão ocorreu em uma cidade do interior da Paraíba, após ser identificado por meio de um canal na deep web. O homem é apontado como o responsável por invadir, em março deste ano, o sistema de processos eletrônicos do TJRS, o Eproc.

A Polícia Civil do Rio Grande do Sul, por meio da Delegacia de Polícia de Repressão aos Crimes Cibernéticos (DPRCC/Dercc), prendeu na manhã desta terça-feira, 22, um homem, de 23 anos, suspeito de liderar um ataque hacker contra o sistema do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS). A prisão ocorreu na cidade de Guarabira, no interior da Paraíba.
O investigado foi identificado após diligências que localizaram sua atuação em um canal da deep web, onde atuava usando o codinome "Federal". Segundo a PC, ele é apontado como o responsável por invadir, em março deste ano, o sistema de processos eletrônicos do TJRS, o Eproc.
Além da prisão preventiva do suspeito, que não teve o nome divulgado, a operação também cumpre sete mandados de busca e apreensão em locais ligados ao investigado, todos no município paraibano de Guarabira, situado a cerca de 96 quilômetros de João Pessoa.
Ainda conforme a Polícia Civil, a operação é denominada de Negazione e tem como alvo crimes como invasão qualificada de dispositivo informático e interrupção de serviço de utilidade pública. A ação é resultado de uma investigação iniciada após um ataque cibernético ocorrido em 26 de março de 2025, que derrubou o sistema Eproc e o site oficial do TJRS, impactando diretamente a prestação de serviços judiciais no Estado.
Durante as investigações, a Polícia Civil identificou um canal na deep web utilizado pelo criminoso para organizar e transmitir ao vivo o ataque. O suspeito também oferecia pagamentos via PIX para incentivar a participação de terceiros em ações coordenadas contra servidores públicos e sistemas governamentais.
A análise técnica revelou que o ataque foi realizado por meio de uma botnet, rede de computadores infectados, composta por mais de dois mil dispositivos localizados em diferentes países. Com base nas provas reunidas, a Polícia Civil solicitou e obteve junto à Vara Regional de Garantias de Porto Alegre a prisão preventiva do investigado, além dos mandados de busca e apreensão. A operação contou com o apoio da Polícia Civil da Paraíba.
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