Artigo - Viva Rio Grande!

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Neste 19 de fevereiro, celebra-se o aniversário de 288 anos da cidade de Rio Grande, fundada em 1737 pelo Brigadeiro José da Silva Paes. Como a cidade mais antiga do Rio Grande do Sul, sua história é marcada por episódios de grande importância para a formação do estado e do país.
O nome “Rio Grande” deriva da desembocadura da Laguna dos Patos no Oceano Atlântico, um ponto estratégico que atraiu a atenção de diversas nações ao longo dos séculos. Antes da chegada dos portugueses, a região era habitada pelos Índios Minuanos e Carijós. Registros históricos indicam que o território já figurava em mapas holandeses muito antes da fundação oficial, e a presença espanhola ao sul e oeste levou a Coroa Portuguesa a empreender esforços para consolidar o controle da área.
Assim, desde os seus primórdios, Rio Grande destacou-se por sua relevância geoestratégica, geopolítica e geohistórica. O Brigadeiro José da Silva Paes fundou o Forte Jesus, Maria, José, que se tornou o núcleo da colônia de Rio Grande de São Pedro. Com o passar dos anos, as estâncias de gado proliferaram e a cidade assumiu um papel essencial na ligação entre a Colônia de Sacramento e Laguna. Em 1760, Rio Grande foi elevada à condição de capital da Capitania de São Pedro do Rio Grande do Sul.
No entanto, devido à sua importância estratégica, a cidade foi invadida por forças militares espanholas em 1763, levando a capital a ser transferida para Viamão. Apenas treze anos depois, em 1776, os portugueses conseguiram retomar o território sob o comando do General Johann Heinrich Bohm. Ao longo de sua história, Rio Grande foi pioneira em diversos setores. Foi a porta de entrada da industrialização no Rio Grande do Sul, abrigando, especialmente no século XX, inúmeras fábricas, com destaque para a indústria têxtil, além de milhares de operários.
A cidade também possui a Biblioteca Rio-Grandense, a mais antiga do estado, a Câmara Municipal mais antiga do Rio Grande do Sul, um porto de grande relevância econômica com a quarta maior movimentação do país e o clube de futebol mais antigo do Brasil. No campo da educação, destaca-se a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), reconhecida nacionalmente pela excelência em ensino e pesquisa. Além disso, conta com a Refinaria de Petróleo Riograndense e a Praça Tamandaré, a maior praça do interior do estado.
A cidade é rica em história e atrativos turísticos, possuindo diversos museus, prédios históricos com bela arquitetura, e a famosa Praia do Cassino, que recebe turistas de diversas partes do mundo. Os Molhes da Barra, a tradicional Festa de Iemanjá e a Festimar, agora remodelada, são outros importantes marcos culturais que movimentam a cidade ao longo do ano.
Conhecida carinhosamente como a "Noiva do Mar", Rio Grande demonstrou resiliência ao longo dos anos, superando desafios como a crise do Polo Naval, que afetou gravemente a economia local e gerou milhares de desempregos. A busca por novas oportunidades e o apoio político são essenciais para que a cidade continue avançando em direção ao desenvolvimento.
Nesse sentido, a esperança está toda depositada na retomada do Polo Naval, que deverá ocorrer muito em breve. O estaleiro Rio Grande (Ecovix e Mac Laren) venceu o edital da Transpetro para a construção de quatro embarcações nos próximos anos.
Que possamos sentir orgulho de nossa cidade e valorizar sua rica história, pois Rio Grande representa o início da história moderna do Rio Grande do Sul. Que saibamos enfrentar os desafios com a mesma força e determinação dos rio-grandinos de outrora. Que o futuro seja generoso com essa terra! Parabéns, Rio Grande, pelos seus 288 anos!

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