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O transporte coletivo da Cidade do Rio Grande deve entrar em greve na segunda-feira, 12, conforme informou o presidente do Sindicato dos Rodoviários, Fábio Machado. A paralisação foi aprovada em assembleia pelos trabalhadores, com 170 votos válidos, sendo 104 a favor, 63 contrários e dois nulos.

As principais reivindicações da categoria incluem a implantação de plano de saúde, a concessão de três passagens diárias para motoristas que também realizam a cobrança, além de um reajuste salarial de 10%, com base no INPC e recuperação das perdas salariais acumuladas entre 2020 e 2025.

Diante da paralisação anunciada, a Prefeitura do Rio Grande emitiu nota afirmando que, mesmo convicta de que haja acordo entre empresa e trabalhadores, adotou medidas administrativas e jurídicas preventivas para garantir o direito de ir e vir da população.

Neste sábado, 10, a Prefeitura Municipal, por meio da Procuradoria Jurídica e da Secretaria Municipal de Mobilidade, Acessibilidade e Segurança (SMMAS), notificou a empresa Transpessoal Transportes Coletivos Ltda. A notificação ressalta que o serviço de transporte coletivo é uma atividade essencial, conforme o inciso V do artigo 10 da Lei Federal nº 7.783/1989, e que eventual paralisação deve, obrigatoriamente, garantir a manutenção dos serviços indispensáveis à comunidade.

O Executivo solicitou à empresa permissionária que adote as medidas necessárias para assegurar o cumprimento do direito de ir e vir, bem como a transparência e a comunicação adequada com os usuários do serviço.

A Administração Municipal ainda informou que a Justiça do Trabalho do Rio Grande do Sul marcou para segunda-feira, 12, às 10h30min, uma audiência de conciliação no prédio anexo administrativo do Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região, em Porto Alegre, com o objetivo de encontrar uma solução que atenda todas as partes envolvidas, sem prejuízo para a população rio-grandina.