João José Reinbrecht Braga - Prof.Maninho
Chimarrão
Quando se fala em chimarrão, se fala no amargo mais doce que existe.
CHIMARRÃO
João José Reinbrecht Braga
Professor Maninho
Titular da Cadeira 34- ARLetras
Quando se fala em chimarrão, se fala no amargo mais doce que existe. Amigos inseparáveis, erva-mate, cuia , bomba e água quente, formam o chimarrão, aquele que está onde tem um gaúcho, em qualquer parte e em qualquer canto do mundo. Ultrapassa fronteiras, atravessa oceanos e mares, enfim, onde quer que vá, leva consigo uma pontinha de amor.
Companheiro de todas as horas, nunca nos deixa sós. Muitas vezes, é o nosso único amigo naquele momento, sendo assim , nosso confidente.
No verão, espanta o calor, no inverno, espanta o frio, mas sempre nos aproxima do verdadeiro amor à nossa tradição. Cuia em formato de coração, caneca, ou até seio, a qual descansamos em nossas mãos, sempre cheia de erva-mate, o verde da nossa vegetação eternizada nas nossas bandeiras. Puxa! Aroma e sabor que engrandecem a nossa alma; bomba metálica, a qual beijamos ardentemente, para a água quente enriquecida pelo sabor da erva-mate, vá até a nossa boca, e daí, ao osso íntimo e a nossa alma, fazendo com que nos orgulhemos sempre de sermos gaúchos.
O chimarrão atrai amigos e, muitas vezes, curiosos, quando estamos longe do nosso chão, e que certamente, virão a se tornarem nossos amigos, pois gaúcho é assim.
Anda de mão em mão (sempre entregue com a direita) e, nesse trajeto, conduz o respeito, o carinho, o altruísmo e a solidariedade humana, as principais características do verdadeiro gaúcho, orgulhoso, valente e gentil.
Tendo um chimarrão, nunca estaremos com calor, com frio, nem sozinhos e nem tristes, ele completa a nossa felicidade.
João José Reinbrecht Braga
Professor Maninho
Titular da Cadeira 34- ARLetras
COMENTÁRIOS