O Silêncio (El Silenzio)          

Coluna de João José Reinbrecht Braga - Professor Maninho 

O que seria o silêncio? Seria apenas a ausência do som? A ausência de ondas mecânicas que se propagam num meio material?  Se formos analisar o conceito físico, sim, mas o silêncio vai bem mais além do que se pode imaginar. 

              Quando crianças, era o silêncio que reinava no momento, para ouvirmos os conselhos dos nossos pais; ele pode representar coisas e sentimentos incríveis, que variam em cada situação. Vejamos: 

               Você sai de uma vitória comemorada em “alto estilo”, ou seja, com barulho ensurdecedor,  termina  a comemoração e, então, é hora de refletir como foi a luta e, para isso, nada melhor do que o silêncio absoluto. Agora chega o momento de agradecer e, novamente, chamamos o silêncio, pois é o momento de conversarmos com Deus e ainda não chegou o momento de conversarmos com nós mesmos ( parece loucura, não é?), sim, “monologarmos mentalmente” e avaliarmos como foi a tão árdua luta e a tão sonhada vitória. 

               Vamos ao dia a dia, quando necessitamos de momentos silenciosos, normalmente poucos, porém necessários e profícuos, pois é quando avaliamos nossos atos e pensamentos daquele dia. 

               O silêncio é também prudente em uma discussão inócua, onde ele, o silêncio, nem sempre representa concordância, muitas vezes, representa o perdão a quem diz tantos absurdos. 

               Para pensarmos em nada, urge a necessidade do silêncio, e é o momento em que procuramos harmonizar nossas energias para posteriores atividades e para prestarmos atenção em algo que queremos aprender. 

               Na hora da oração, gratidão, reflexão, atenção, enfim, as mais necessárias da nossa vida, clamamos por silêncio que, por sinal, é o título de uma das músicas mais sublimes que conheço, Il Silenzio, procure a história real dessa música e se emocione a vontade.