Seja bem-vindo
Rio Grande,05/11/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

João José Reinbrecht Braga - Prof.Maninho

Namoro à moda antiga

Existia mais beleza, mais glamour, mais expectativa, enfim, era diferente.


Namoro à moda antiga

NAMORO À MODA ANTIGA 

João José Reinbrecht Braga 

Professor Maninho 

Cadeira 34- ARLetras 


Há alguns anos, o namoro era completamente diferente do que é hoje. Existia mais beleza, mais glamour, mais expectativa, enfim, era diferente. Não entro na discussão se era certo ou errado, se era beleza ou frescura, se era mais sério ou engraçado, o que posso afirmar, é que era diferente. 

Não vivi neste primeiro momento, mas ouvi histórias incríveis, ouvi que o começo de tudo era uma troca de olhares que, muitas vezes, se repetiam. A moça ia para a janela, onde ficava debruçada, e esperava que o rapaz passasse, claro que de forma disfarçada, e aí trocavam olhares até ele tomar coragem e chegar para conversar, ela , pelo lado de dentro da casa, e ele, fora da casa. 

Como era previsível, ela vestia a melhor roupa, penteava os cabelos e ficava aguardando até o momento que ele se apresentava com traje completo, inclusive gravata borboleta e chapéu, que era retirado em sinal de respeito, quando chegava até ela. 

Mais uns encontros “casuais” desses e “pintava o clima”, quando então, ele chegava com um ramo de flores para presenteá-la, num gesto já esperado, mas que ela simulava surpresa. Aí começava o namoro. 

Na geração seguinte, pouca coisa mudou, pois elas não freqüentavam mais as janelas e nem eles usavam chapéu, nem terno completo. A troca de olhares continuou, até que chegasse o momento da aproximação, que era antecedido pelo ramo de flores. 

A troca de olhares e sorrisos passou a ser chamada flerte, que antecedia o namoro. O próximo passo era a pedida em namoro, que se dizia “topar a garota”. Claro que após o pedido,ela solicitava um tempo para pensar, o que era pura formalidade, pois se chegasse até aí, já estava quase “topada”. 

A seguir, vinham os passeios nas praças, acompanhados de amigos e parentes, chamados “doce de pera”, não sei por quê, mas sair sozinhos...não mesmo. Nos fins de semana, iam ao matiné (sessão cinematográfica exibida à tarde), ou simplesmente, passeios. 

A partir daí, acontecia a sequência do namoro, que seria noivado, para posterior casamento. 

Era certo?  Não sei, que cada um tire suas conclusões, mas uma coisa é certa, havia muito glamour, muita beleza, muita expectativa, que hoje, os jovens não vivenciam. 




COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.