Seja bem-vindo
Rio Grande,28/04/2024

  • A +
  • A -
Publicidade

João José Reinbrecht Braga - Prof.Maninho

Namoro à moda antiga

Existia mais beleza, mais glamour, mais expectativa, enfim, era diferente.


Namoro à moda antiga

NAMORO À MODA ANTIGA 

João José Reinbrecht Braga 

Professor Maninho 

Cadeira 34- ARLetras 


Há alguns anos, o namoro era completamente diferente do que é hoje. Existia mais beleza, mais glamour, mais expectativa, enfim, era diferente. Não entro na discussão se era certo ou errado, se era beleza ou frescura, se era mais sério ou engraçado, o que posso afirmar, é que era diferente. 

Não vivi neste primeiro momento, mas ouvi histórias incríveis, ouvi que o começo de tudo era uma troca de olhares que, muitas vezes, se repetiam. A moça ia para a janela, onde ficava debruçada, e esperava que o rapaz passasse, claro que de forma disfarçada, e aí trocavam olhares até ele tomar coragem e chegar para conversar, ela , pelo lado de dentro da casa, e ele, fora da casa. 

Como era previsível, ela vestia a melhor roupa, penteava os cabelos e ficava aguardando até o momento que ele se apresentava com traje completo, inclusive gravata borboleta e chapéu, que era retirado em sinal de respeito, quando chegava até ela. 

Mais uns encontros “casuais” desses e “pintava o clima”, quando então, ele chegava com um ramo de flores para presenteá-la, num gesto já esperado, mas que ela simulava surpresa. Aí começava o namoro. 

Na geração seguinte, pouca coisa mudou, pois elas não freqüentavam mais as janelas e nem eles usavam chapéu, nem terno completo. A troca de olhares continuou, até que chegasse o momento da aproximação, que era antecedido pelo ramo de flores. 

A troca de olhares e sorrisos passou a ser chamada flerte, que antecedia o namoro. O próximo passo era a pedida em namoro, que se dizia “topar a garota”. Claro que após o pedido,ela solicitava um tempo para pensar, o que era pura formalidade, pois se chegasse até aí, já estava quase “topada”. 

A seguir, vinham os passeios nas praças, acompanhados de amigos e parentes, chamados “doce de pera”, não sei por quê, mas sair sozinhos...não mesmo. Nos fins de semana, iam ao matiné (sessão cinematográfica exibida à tarde), ou simplesmente, passeios. 

A partir daí, acontecia a sequência do namoro, que seria noivado, para posterior casamento. 

Era certo?  Não sei, que cada um tire suas conclusões, mas uma coisa é certa, havia muito glamour, muita beleza, muita expectativa, que hoje, os jovens não vivenciam. 




COMENTÁRIOS

Parabéns, caro confrade Maninho, pela bela recuperação de nossa cultura do passado, por vezes esquecida em nossos tempos.

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.