Seja bem-vindo
Rio Grande,09/05/2025

  • A +
  • A -

Ique de la Rocha

Falta de qualificação é um dos problemas da construção

Necessidade dos construtores rio-grandinos é a mesma em todo o RS.


Falta de qualificação é um dos problemas da construção

Ique de la Rocha

 

Falta de qualificação é um dos problemas da construção

Necessidade dos construtores rio-grandinos é a mesma em todo o RS.

 

Sexta-feira à tarde o Sinduscon Rio Grande foi anfitrião, pelo quarto ano consecutivo, do Encontro Estadual da Construção Civil que reuniu as maiores lideranças gaúchas do setor. Estiveram no CasaBarra, do Cassino, representantes do Sinduscon RS, do Comitê da Construção da Fiergs, da Câmara Brasileira da Indústria da Construção (CBIC), do Instituto Euvaldo Lodi (IEL-RS), do Senai, o prefeito Fábio Branco e o secretário de Zeladoria da Cidade, Marlon Nunes Soares. À noite foi realizado um jantar de confraternização com música ao vivo.

Um dos momentos interessantes do encontro foi quando os palestrantes do Senai revelaram que “a demanda por servente de obras e pedreiro é uma necessidade grande em todas as regiões do Rio Grande do Sul e, conversando com empresários, eles apontam que faltam profissionais capacitados e com experiência para as demais ocupações”.

Ainda sobre a falta dessa mão de obra, observaram que “normalmente os trabalhadores iniciam como servente e depois vão crescendo dentro da obra”. O perfil dos trabalhadores na construção é o seguinte: 89% são homens, 47% possuem o ensino médio completo; 34% tem entre 6 e 24 meses de empresa; 27% possui entre 30 e 39 anos e 45% trabalham em microempresas.

 

Precisa qualificar quase 800 mil até 2025 no RS

Os palestrantes também falaram que não apenas a construção civil, mas o estado todo precisa qualificar 758 mil trabalhadores em ocupações industriais até 2025 “e aí o Senai tem papel importantíssimo de buscar essa qualificação. Em 2023 o Senai fez 81.000 matrículas no Rio Grande do Sul, não somente para a construção, mas em varias áreas. Expressivo, mas é uma caminhada grande chegar até 758 mil”.

 

Falta de qualificação na mão de obra gerou discussão

Sobre a questão da falta de qualificação na mão de obra, o presidente do Sinduscon Rio Grande, Airton Viñas, entende que “o Senai local deveria estar na Zona Oeste da cidade, onde se concentra maior número de trabalhadores. O desafio do Senai é aproximar a sua parte fisica do trabalhador”.

O representante do Sinduscon RS, Luiz Francisco Bossle, aproveitando a presença do prefeito do Rio Grande, deu o seguinte depoimento: “Acompanhei a instalação da indústria de celulose em Guaíba, que demandava grande capacidade de mão-de-obra e Fábio Branco, que era secretário estadual do Desenvolvimento, junto com Walter Lídio Nunes (CEO da indústria de celulose), criou o Desenvolve RS. Foram feitas muitas reuniões em Alvorada, Viamão, Sapucaia, Esteio e conseguimos levar as operações para lá. Entendo que aqui no Rio Grande, se voltar o Polo Naval como era, poderia se fazer algo similar àquele”.

Rafael Freire, do Senai informou que aquela escola de formação profissional vai capacitar 60 funcionários de forma emergencial para o descomissionamento da P-32 no Estaleiro Rio Grande. Já Fabiano Rath, gerente operacional do complexo de faculdades do Senai RS, adiantou que “se houver demanda excepcional para o Polo Naval temos como atender”. Já o representante de Operações do Senai na região, colocou-se à disposição para atender as demandas de Rio Grande.

Os palestrantes destacaram que “mais de 90% das indústrias preferem os alunos do Senai. A Faculdade de Tecnologia do órgão possui produtos novos e este ano também atende na modalidade EAD (Ensino à Distância). Neste ano passou a oferecer pós-graduação na área metal-mecânica e para 2024 prevê o projeto “Estrutura de aço para edificações”, voltado para a construção civil.

 

“O jovem não quer mais ser chamado de pedreiro”.

O diretor do Sinduscon Rio Grande, Evandro Coradi, observou que, ao mesmo tempo em que o profissional servente de pedreiro está mais escasso, “consequentemente tornou-se uma profissão mais valorizada. Hoje ninguém mais está disposto a meter a mão na massa. Temos que formar e mostrar para as pessoas que os salários são bons”.

Diante disso, Luiz Francisco Bossle, do Sinduscon RS, declarou: “O jovem não quer mais ser chamado de pedreiro. Mudamos a denominação para edificador predial e já encaminhamos essa mudança para Brasília. Mas ele ganha na obra bem mais que o atendente do McDonalds, o dobro”.

Renato Garcez Freire concluiu: “A construção paga bem, oferece condições boas de trabalho nos canteiros de obras, alojamento adequado e isso tem que ser valorizado e mostrado para os jovens”.

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.