Sobre o transporte

População já nem acredita mais em melhorias no setor

Em nossa coluna anterior, abordamos a prorrogação dada pela maioria dos vereadores para as carroças continuarem circulando por mais um ano nas ruas da cidade. O prazo acabaria em dezembro, mas parece que o ano eleitoral, em 2024, teve influência nesse adiamento e a bancada situacionista não quis perder votos. Também comentamos sobre os problemas no transporte coletivo.

De qualquer modo, as opiniões que chegaram até nos, dos leitores, não foram positivas para os nobres edis. Um deles comentou: “(o assunto) Teve boa repercussão, fazendo as pessoas pensarem, literalmente, na ‘bizarra Câmara de Vereadores’ e seu custo-benefício. Aliás, só custo...”.

Outro leitor observou: “A linha de ônibus do Cassino parece ser melhor atendida por uma questão simples. Ela é utilizada pelos mais ricos e pelos estudantes da Furg, então o ônibus do Cassino não pode, em hipótese alguma, sofrer problema. Já no resto da cidade é só o pobre que anda de ônibus. De vez em quando fazem um teatro de andar de ônibus às 10h da manhã e constatar que o ônibus passou no horário e estava vazio. Infelizmente Rio Grande é essa bagunça e não vai mudar”.

Carroças

Este último leitor também comentou sobre a prorrogação para a circulação das carroças por mais um ano. Para ele, “o problema não é o uso da tração animal e sim o abuso que muitos fazem de subnutrir os animais e não dar nenhuma condição para eles. Uma coisa é o cara pegar uma carroça com o cavalo bem nutrido, bem cuidado e carregar uma geladeira.  Outra coisa é carregar areia, ferro, sacos de cimento e em grande quantidade. O mau uso dessa tração animal resume-se assim: há leis que não são cumpridas”. Aliado ao fato de não ter fiscalização, eu acrescentaria.

Por isso, entendo que o trânsito de carroças já deveria ter sido proibido na cidade, claro que havendo um trabalho para os carroceiros se recolocarem na vida, porque infelizmente não há conscientização e os animais sofrem. Devem ter os que cuidam de seus animais, conscientes que eles são fundamentais para o seu sustento, mas se tiver é exceção.

Reclamações na travessia com SJN

Também trabalhadores do EBR e população nortense reclama da lotação nas lanchas que fazem a travessia entre Rio Grande e São José do Norte.

Gosto tanto daquela cidade que costumava ir ao menos uma vez por semana até lá. Depois da pandemia nunca mais fui, mas não vai demorar para dar uma chegadinha e avistar amigos e conhecidos.

No meu tempo a travessia era feita de meia em meia hora. Me disseram que após a pandemia os horários estão de hora em hora (que nem aconteceu com o transporte rodoviário entre Rio Grande e Pelotas). Em breve vou lá conferir, mas os usuários das lanchas estão chiando. Dizem que os horários foram reduzidos e, consequentemente, as embarcações navegam lotadas. Os diretores do Sindicato dos Metalúrgicos frequentemente se manifestam a respeito nas redes sociais. Um deles comentou: “Depois dizem que a cidade e a região querem crescer.” Pois é! 

Expofeira

Quem não foi ainda pode aproveitar as inúmeras atrações da 49ª Expofeira, o grande evento do Sindicato Rural do Rio Grande que mostra a pujança do setor em nosso município. O tempo tem ajudado e, a continuar assim, o Parque Filinto Eládio da Silveira deverá receber um de seus maiores públicos neste domingo.

Infelizmente, tudo que é bom acaba rápido. Então, vamos aproveitar os últimos dias dessa grande festividade.

Parabéns ao Sindicato Rural pela organização e sucesso do evento.

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com