Riograndense vive o melhor fim de semana de sua história e consolida sua nova era no futsal gaúcho
No aniversário de 6 anos, o Guri Teimoso celebra a criação da Associação Riograndense Futsal e encerra a Série Ouro com sua melhor campanha, simbolizando o amadurecimento de um projeto que virou orgulho da cidade.
Foto: José Vitor Silva/ O Litorâneo O Riograndense Futsal viveu, no último fim de semana, o momento mais marcante de sua história. No domingo, 26, o clube completou seis anos de fundação e comemorou o encerramento de sua melhor campanha na Série Ouro, coroando um ano que simboliza crescimento, profissionalização e pertencimento.
A temporada de 2025 ficará registrada como um divisor de águas para o Guri Teimoso. Em julho, o clube anunciou oficialmente a criação da Associação Riograndense Futsal, um passo fundamental rumo à consolidação de um modelo de gestão mais profissional e sustentável. A nova estrutura busca organizar financeiramente a equipe, ampliar investimentos e fortalecer o vínculo com a torcida, que tem se mostrado cada vez mais presente e participativa.

Da superação à maturidade
Desde sua estreia na Série Ouro, em 2020, o Riograndense enfrentou desafios típicos de um clube emergente. Atuando por anos no pequeno ginásio da Universidade Federal do Rio Grande e dependendo de rifas para custear viagens, o time lutou para se manter competitivo. Mas 2025 mudou tudo.
A equipe alcançou as quartas de final da elite do futsal gaúcho pela primeira vez, após uma campanha histórica que incluiu empates contra potências como o Atlântico de Erechim e vitórias fora de casa. Mesmo com a eliminação para a ACBF, atual campeã, o Guri encerrou a competição com sete vitórias, três empates e quatro derrotas, totalizando 57% de aproveitamento, um salto expressivo em relação às temporadas anteriores.
O elenco, formado por jovens promessas e atletas experientes, conquistou a cidade. O pivô Choko, com 12 gols, foi um dos destaques, enquanto o goleiro Kaylan, de apenas 18 anos, se tornou símbolo de segurança e superação, além, claro, do capitão William Delgado (fixo) e do camisa 10 Chris, que com grandes atuações, demonstraram na pele o que é ser Riograndense.

Farydo Salomão: o reencontro com a cidade
Outro marco da temporada foi a mudança de casa. O Riograndense passou a mandar seus jogos no Ginásio Farydo Salomão, palco histórico do futsal rio-grandino. O retorno ao ginásio, que em 1994 recebeu a Seleção Brasileira diante de mais de 4 mil torcedores, simbolizou o reencontro da cidade com o futsal.
Foram mais de 12 mil torcedores presentes ao longo da temporada, e o time permaneceu invicto em casa. O duelo contra o Atlântico de Erechim, que terminou em 2 a 2 diante de 3,5 mil pessoas, foi o retrato perfeito da nova fase do clube, arquibancadas cheias, ruas de fogo e um sentimento coletivo de que o Riograndense está apenas começando.
“Ali, o Riograndense mandou um recado não só aos rio-grandinos, mas a todo o estado: este é só o começo”, afirmou Max Carazzai, emocionado após o empate histórico.
Um sonho que virou legado
De um projeto sonhado por um professor apaixonado por futsal a uma associação que vem se e tornando-se competitiva, o Riograndense Futsal transformou-se em símbolo de resistência e inspiração para o esporte da cidade.
Mesmo após a derrota para a ACBF por 5 a 0 nas quartas, o sentimento é de conquista. O clube encerra 2025 entre os oito melhores do Rio Grande do Sul, consolidando uma trajetória marcada pela teimosia que virou identidade.
Mais do que resultados, o fim de semana que marcou os seis anos do Riograndense Futsal representa o amadurecimento de um sonho coletivo. Um projeto que começou pequeno, mas que hoje carrega consigo o orgulho de uma cidade inteira, e a certeza de que o futuro do futsal rio-grandino passa por ele.




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