Obras do Hospital Escola em Pelotas avançam e ampliarão em 40% a capacidade do SUS
Ministro da Educação e presidente da Ebserh acompanharam o andamento das obras que fortalecem a assistência, o ensino e a pesquisa na região

O canteiro de obras do novo Hospital Escola da Universidade Federal de Pelotas (HE-UFPel), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), está em plena atividade, com máquinas e trabalhadores transformando concreto e aço em melhorias para a comunidade. A construção, financiada pelo Novo Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do Governo Federal, tem investimento de R$ 274 milhões e vai ampliar em 40% a capacidade de atendimento do Hospital via Sistema Único de Saúde (SUS), beneficiando mais de 1 milhão de pessoas na região.
Durante visita ao local nesta quarta-feira, 20, o ministro da Educação, Camilo Santana, destacou a importância de acompanhar de perto o andamento da obra. “Eu gosto de acompanhar as obras, e quero voltar outras vezes para verificar o cronograma de execução. Essa é uma das mais importantes obras da parceria com o Ministério da Saúde”, afirmou.
O presidente da Ebserh, Arthur Chioro, reforçou o impacto do investimento. “Estamos visitando as obras do novo Hospital Escola de Pelotas. São R$ 274 milhões investidos em um hospital de 50 mil m², com 274 leitos. Será um hospital que vai transformar a realidade da região e permitir que nossa Universidade cumpra plenamente seu papel no SUS, na formação, no ensino e na pesquisa”, disse.
O HE-UFPel é atualmente o único hospital em Pelotas a atender 100% pelo SUS e a única unidade da Rede Ebserh que não possui sede própria, operando com mais de 70% de sua estrutura em prédios locados. Para atender a essa demanda histórica, a construção da nova sede, iniciada em 3 de abril, tem prazo previsto de 36 meses, com entrega estimada para o primeiro semestre de 2028.
Impacto na saúde e no ensino
Com a nova estrutura, o HE-UFPel passará de 171 para 274 leitos, incluindo 50 leitos de Unidade de Terapia Intensiva adulto, pediátrica, neonatal e semi-intensiva. A expansão beneficiará mais de um milhão de pessoas de 27 municípios da região sul do Rio Grande do Sul, que utilizam o Hospital como referência na prestação de serviços assistenciais. Por mês, são cerca de 450 internações hospitalares, 150 internações domiciliares, oito mil consultas ambulatoriais, 21 mil exames, 120 partos, 30 mil procedimentos ambulatoriais, sendo mil tratamentos oncológicos.
Segundo o superintendente do HE-UFPel, Tiago Collares, “Este hospital nasce do esforço de muitas mãos e instituições. A UFPel e a Ebserh mostram que a união entre a universidade pública e a rede de hospitais universitários pode transformar sonhos em realidade”. E acrescentou: “Seremos o maior complexo hospitalar federal da metade sul do estado e queremos promover uma mudança de paradigmas, assumindo compromissos com a saúde e fortalecendo áreas de referência, como gestação de alto risco e oncologia, de forma qualificada, tecnológica e humana. Cada etapa desta obra é um passo rumo a um futuro mais justo e inovador para o SUS e para nossa comunidade”.
A nova sede integrará assistência, ensino e pesquisa, solucionando problemas de custo e logística causados pela descentralização dos serviços. Além disso, a cada ano, aproximadamente 1,1 mil estudantes de graduação de 16 cursos da UFPel atuam no HE, além de 90 residentes e 240 docentes/preceptores.
Para a reitora da UFPel, Ursula da Silva, “a construção do novo HE fortalece o papel da UFPel no RS e demonstra o compromisso do Governo Federal com as universidades. A obra do Hospital Escola vai ampliar o atendimento em saúde e fortalece o ensino e a pesquisa na região”. Ela destacou que “Não se trata apenas de um novo prédio, é um novo modelo de hospital que permitirá a estudantes, professores e técnicos acompanhar os pacientes de forma mais completa”.
Detalhes da construção e realocação de serviços
A nova sede do HE-UFPel é um projeto desenvolvido em etapas. O Bloco 1, em construção, terá seis pavimentos dedicados à internação hospitalar, incluindo o Centro Cirúrgico, UTIs, Banco de Leite Humano e serviços de apoio. O Bloco 2, previsto, terá dois pavimentos destinados a serviços ambulatoriais e de apoio diagnóstico e terapêutico. Já o Bloco 3, em funcionamento desde 2020, abriga unidades assistenciais, administrativas e de ensino. Foi financiado pelo Programa Nacional de Reestruturação dos Hospitais Universitários Federais (Rehuf) e por emendas parlamentares.
Para viabilizar a construção do Bloco 2, os serviços do Ambulatório Central, que será demolido, estão sendo transferidos para o prédio da antiga Laneira Pelotense. O edifício histórico foi revitalizado entre janeiro de 2024 e julho de 2025, com investimento de R$ 6,8 milhões da Rede Ebserh, e agora conta com 28 consultórios, salas de apoio e espaços especializados. No primeiro semestre de 2025, foram registradas 54.459 consultas, 159.533 exames e 1.246 cirurgias nos ambulatórios.
Sobre a Ebserh
Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 45 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.
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