RS registra recorde de óbitos e hospitalizações por vírus respiratório
Desde o início do ano, mais de 400 mortes foram contabilizadas, sendo a maioria entre pessoas não vacinadas

O Rio Grande do Sul registrou 423 mortes ocasionadas por síndromes respiratórias agudas graves (SRAG) devido ao vírus da influenza. Segundo a Secretaria da Saúde (SES), desde a ocorrência da pandemia de H1N1, no ano de 2009, o Estado não registrava um cenário tão crítico devido ao número de óbitos e internações. Desde o início do ano, 2.654 internações pela doença foram contabilizadas.
Ainda conforme a SES, a situação se agrava com a baixa adesão à vacinação neste ano. Os dados mostram que 82% das pessoas hospitalizadas e 78% das que morreram por gripe não estavam vacinadas. Os idosos são os mais afetados pela doença em 2025, representando 58% das internações e 77% dos óbitos.
Cobertura abaixo da meta
A dose da vacina, que é segura e gratuita, está disponível para toda a população acima de seis meses de idade desde maio. No entanto, a cobertura entre os grupos prioritários segue muito abaixo da meta de 90%. Até o momento, apenas 49,4% dos públicos prioritários (idosos, crianças pequenas e gestantes) receberam a dose anual.
A vacina contra a gripe protege contra as cepas mais recentes dos vírus influenza A (H1N1 e H3N2) e B e reduz significativamente o risco de casos graves, hospitalizações e mortes. A proteção começa cerca de 15 dias após a aplicação. A SES reforça que a vacinação é a principal forma de prevenção e orienta os municípios a manterem o foco na imunização dos grupos mais vulneráveis. As pessoas podem procurar os postos de saúde para se vacinarem e se protegerem.
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