VÂNDALOS SÃO COMO TERRORISTAS ( Nereu Cavalcanti, historiador )

Nerino Dionello Piotto*

Travam o turismo, roda-gigante da economia!

Senti uma tristeza profunda ao ler, neste O Litorâneo, que um ginásio recém inaugurado em São José do Norte havia sido depredado, com cadeiras arrancadas. Todo o dia é roubo de fios, pichações, equipamentos públicos vandalizados. 

Após a tristeza, me veio um forte sentimento de indignação. Assim, não dá!

É uma praga! Aqui no Rio, canhões usados na vitória da Tríplice Aliança ( Brasil, Argentina e Uruguai ), na guerra do Paraguai, que estavam ao lado do monumento em homenagem ao General Osório, cuja coragem motivou a escrita com letras de ouro a participação do Brasil, foram roubados.  Ai em Rio Grande, roubaram a cadeira da estátua do Barão do Rio Branco, na Praça Sete; o rabo de um Leão da Tamandaré...

O vandalismo , além de dilacerar as obras, fios, com brutal custo a todos nós, apaga a história. É um crime contra todos! E trava o turismo, dizimando empregos e renda.

Em Rio Grande, como de resto no Brasil, algo  está errado. Precisamos agir!

No México, gente,  há muitos problemas como aqui, mas o patrimônio público é considerado pela população como um orgulho nacional. Não existe, lá,  um distanciamento entre a população e sua história. Então...não existe solução? Existe. 

Agora, temos que sair da zona de conforto, pois responsabilidade não se delega. Podemos delegar a um prefeito, que pode delegar à sua guarda municipal...mas a responsabilidade é de todos nós.

O que fazer então?  Começar pelo controle/fiscalização – permanente -  dos ferros-velhos; elaborar projetos de educação patrimonial; atuação forte da  polícia, da guarda municipal e demais órgãos....AS PENAS SÃO BRANDAS...e...Notadamente...

Sempre que possível, filmar com o celular e denunciar...ah! não quero  me expor/incomodar? OK, enviemos o  filme para a Ouvidoria da Prefeitura, que tem uma equipe enxuta, sob o comando da Dra. Alda Lages que faz um ótimo meio campo com os órgãos e em absoluto sigilo e discrição.   

Pensem nisso!