Seja bem-vindo
Rio Grande,10/05/2025

  • A +
  • A -

Ique de la Rocha

Quem semeia vento, colhe tempestade

Ainda tem quem não acredite nas mudanças climáticas.


Quem semeia vento, colhe tempestade

Ique de la Rocha

 

Quem semeia vento, colhe tempestade

Ainda tem quem não acredite nas mudanças climáticas.

 

Enquanto vemos pessoas tentando negar o aquecimento global, dentre elas o ex-ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, constatamos que hoje os europeus estão enfrentando mais um verão com temperaturas altíssimas, chegando os termômetros em alguns países a marcarem 49 graus centígrados.

Por aqui, chegamos à triste constatação de que passamos a entrar na rota dos ciclones. O que aconteceu de quarta para quinta-feira passada não foi algo inédito. Já é o quinto ou sexto ciclone que se forma em nossa região, sendo que este foi o mais intenso de todos, e provavelmente outros ainda surgirão, infelizmente.

Ventos superiores a 140km por hora, como os registrados aqui, são motivo para muita preocupação e pela força com que tudo aconteceu podemos até nos dar por satisfeitos, porque, excetuando-se a morte de um senhor e de uma mãe com dois filhos, os prejuízos poderiam ter sido até maiores do que foram.

Embora não sejamos especialistas no assunto, e precisamos ouvir a quem entende ao invés de nos arvorarmos em dar palpite no que não temos conhecimento, estamos sentindo nos últimos anos que  a natureza está radicalizando. Os verões estão mais quentes e no inverno o frio também vem nos castigando com mais força a cada ano. Será isso a reação da natureza para as agressões que temos feito a ela? Tudo leva a crer que sim e, nesse caso, podemos nos preparar para tempos piores. Ao que tudo indica, embora não tenhamos passado ainda do inverno, o nosso verão também será causticante.

Há quem diga que é sinal dos tempos. Prefiro dizer que a vida é um eterno colher e plantar. Estamos sentindo o retorno do que temos feito em agressões ao meio ambiente. Quem semeia vento, colhe tempestade. Embora ainda tenha quem não acredite, a conta está chegando e certamente virá com juros e correção.

 

A importância da imprensa

Recebi manifestações de leitores lamentando que Rio Grande não possui mais jornal diário, nem uma televisão com noticiário local e, por isso, a população teve dificuldade em acompanhar de forma mais detalhada as consequências deste último ciclone. Muita gente não teve noção do que realmente aconteceu, mas as ocorrências foram muitas, na cidade, Cassino e na Furg. No interior do município obviamente deve ter tido muito estrago também,  mas, como dissemos no início deste tópico, os riograndinos estão tendo dificuldades para receberem informações.

Realmente, se não fossem as redes sociais, como este bravo site onde tenho o prazer de escrever, muito bem conduzido pelo nosso competente e dedicado André Zenobini, estaríamos desprovidos de informação. Da mesma forma, temos dificuldades em saber como estão os assaltos, arrombamentos e outras ocorrências policiais na cidade, ou as ações das autoridades nos poderes executivo e legislativo. Mas deve ter gente se beneficiando dessa situação, porque quanto menos informação tem a população, menos os responsáveis serão cobrados.   

Nessas horas é que se percebe a importância da imprensa. Cabe à população não se resignar e apoiar sites e veículos que realmente estão se desdobrando para superar as dificuldades e apresentar a informação de forma correta e com profissionalismo.

 

Manifestação de um leitor

Leitor assíduo de nossa coluna, e do alto de seu conhecimento, nos envia o seguinte comentário:  

“Não foi furação. Tivemos um ciclone com ventos de 90 a 110km/h e rajadas de 120 até 140km/h no Rio Grande. Curioso que o ciclone se formou no Paraguai, desceu, cruzou o Rio Grande do Sul, ganhou força no Litoral Norte, desceu para cá e o pico foi das 3h às 4h da madrugada. Fiquei sem luz das 3h às 10h da manhã de quinta. Depois veio a luz sem maiores problemas, ao menos onde moro, mas caiu muita árvore em todo o município, como no Asilo. Enfim, temos de aprender a lidar com isso, porque daqui para a frente vai ser cada vez em maior numero e em potência maior. Então, vamos ter que aprender a conviver com esses ventos e o incrível que o maior dano foi aqui e em Pelotas. O ciclone desceu, estava no Litoral Norte e veio fazer mais estrago dessa vez em nossa região. Não sei em São José do Norte porque, parece incrível, a gente não tem mais informação praticamente nenhuma. Estamos muito mal. Uma vergonha para uma cidade desse tamanho ter apenas uma ou outra informação de Rio Grande”.

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.