André Zenobini
Microcrédito poderia auxiliar o empreendedor rio-grandino
Colocar dinheiro no mercado via microcrédito parece uma opção que pode salvar empresas e empregos.
Rio Grande sempre foi uma cidade empresarial. Afinal, não são poucos os pioneirismos registrados na história. É uma cidade que carrega em si a força do trabalho e a coragem de quem não desiste fácil. Contudo, o cenário econômico não está favorável e o setor empresarial quer se manter ativo. Aí que começam os problemas, o setor financeiro é cruel e caro e o empresário precisa de crédito.
Sempre ouvi dizer que conseguir crédito era difícil, burocrático e arriscado. Confirmei isso ao longo do tempo. Por isso, defendo que o microcrédito seja uma política pública, já que ele é pensado justamente para quem está começando ou precisa de um empurrão para poder crescer.
Rio Grande é uma cidade cheia de gente talentosa e vejo pessoas com ideias incríveis, mas que esbarram na falta de recursos. O microcrédito pode ser a ponte entre o sonho e a realidade. Seja para abrir uma barbearia, uma lanchonete, uma oficina ou uma loja online. A Prefeitura de Porto Alegre, por exemplo, possui um programa chamado Mais Crédito Juro Zero, que garante juros totalmente subsidiados pelo município, desde que as parcelas sejam pagas em dia. A proposta busca fortalecer o setor produtivo local.
O programa empresta até R$10 mil numa primeira etapa pode ser pago em 11 parcelas, sendo que as nove primeiras são de responsabilidade do empreendedor e, caso todas sejam quitadas no prazo, as duas últimas, que são referentes aos juros, pagas pela Prefeitura. É um microcrédito, mas que pode ser essencial para ajudar boa parte dos MEIS e algumas MEs.
Em seu plano de governo, a prefeita Darlene Pereira fala que “para estimular a economia local, apoiaremos o crescimento de micro, pequenas e médias empresas, cooperativas e empreendimentos solidários, construindo programas de capacitação, acesso a microcrédito e oportunidades de mercado (…) Por isso, buscaremos os meios necessários para facilitar o acesso das micro e pequenas empresas ao crédito e financiamento de baixo custo, contribuindo para a redução da burocracia e estimulando a inovação e a modernização dos processos produtivos”. Se está escrito, precisa ser transformado em ação. O exemplo de Porto Alegre está aí para ser copiado, melhorado e ampliado.
Não é feio copiar programas que auxiliem na geração de emprego e renda. Num cenário econômico retraído como o atual, colocar dinheiro no mercado via microcrédito parece uma opção que pode salvar empresas e empregos. Por isso, é preciso buscar uma alternativa para ofertar crédito ao empresário rio-grandino de maneira rápida, eficiente e livre de burocracia.




COMENTÁRIOS