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Rio Grande,12/07/2025

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Samuel Ferreira

Nem Inteligente e Nem Artificial: IA é jogada de Marketing

Nosso fetiche nos faz mirar em

O termo "Inteligência Artificial" foi cunhado por especialistas do MIT na década de 1960 para tentar captar apoio financeiro e capturar no imaginário cultural uma forma de "consciência" ou "inteligência" que conseguisse resolver a nossa vida, tomando decisões, realizando diversas atividades através de um simples comando nosso. No que tange a indústria cinematográfica, isso estava em todos os filmes de ficção científica ou de cunho futurista: um software, que recebia comandos mecânicos por uma equipe de técnicos, que dialogava  minimamente com as personagens com voz feminina de aeroporto e ainda de quebra, pilotava uma nave durante milhares de quilômetros pelo espaço desconhecido. Seria pedir demais?


Temos sido cada vez mais assediados pela ideia da Inteligência Artificial que resolverá os problemas da nossa vida, mas a grande verdade é que estamos bem distante disso. Logicamente que a evolução mecânica é avançada, porém , alcançar a capacidade cerebral e consciente que nosso cérebro alcançou nos últimos 3milhões de anos , não é tão simples assim.


A Inteligência Artificial é mais um castelo de carta insustentável que a indústria tenta vender, quando na verdade cada vez mais temos entendido que essa "inteligência" não passa de um banco de dados que nós mesmos alimentamos, organizada por estatística , informações e dados que nós mesmos estamos inserindo achando que estamos passando por algum momento revolucionário da Historia da Humanidade. Para além destas questões, temos que destacar os grandes valores que estão inseridos em um grande maquinário tecnológico que consumirá muito energia para que minimamente funcione. 


Em soma, cabe ressaltar que a ideia de alcançarmos as AGI's ( Inteligência Artificial Geral ) , "inteligência" que visa tornar as demais IA's em algo com uma capacidade de resolver problemas e com capacidade de pensamento (isso é que dizem e afirmam os desenvolvedores ) vem tomando proporções enormes, ao lado daquele discurso que já conhecemos de que, quando alcançarmos esse alto desenvolvimento tecnológico, todos do mundo terá acesso de forma igual. O famoso engodo. 


Um velho barbudo alemão do século XIX, nos dizia que a base de nossos problemas sociais, era o fetichismo da mercadoria , o momento em que o produto , se tornou  mais importantes do que o produtor. Esse momento chegou e a cada vez mais se intensifica. Nosso fetiche nos faz mirar em "Mãe" do longa Alien: Oitavo Passageiro ou em "HAL 9000" de 2001: uma odisseia no espaço.

Mas a verdade é que acertamos em aplicativos caríssimos que escolhem músicas para nós por comando de voz. Para além disso, dos 20 macacos com "neuralinks" implantados por Elon Munsk, 16 morreram. Quanto mais nos custará essa ilusão?



Logicamente que, não sabemos o que realmente iremos desenvolver nos últimos anos. Portanto, sabemos que será um caminho de precarização da vida do trabalho e do trabalhador. De largada, a destruição de quem sobrevive da arte, da criatividade e todas essas faculdades de nosso cérebro que são analógicas. Quando perceberemos que a grande tecnologia é o nosso cérebro e suas próprias limitações? Nossa inteligência, não pode ser dividida em software e hardware, e essa é melhor parte, porque em milhões de anos de evolução, nosso super cérebro aprendeu a aprender e a computar tudo direto na estrutura , tudo junto e misturado. E essa é a beleza da nossa inteligência, que é realmente inteligente e real.



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