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Rio Grande,13/06/2025

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André Zenobini

Zona Azul e caros estacionamentos de shoppings impactam o comércio

A lógica foi subvertida. Estacionamentos caros e problemáticos afastam os consumidores. Poder público e gestores precisam repensar atitudes.


Zona Azul e caros estacionamentos de shoppings impactam o comércio

Rio Grande às vezes me surpreende. Precisei, por esses dias, visitar um importante centro comercial no Parque São Pedro. Levei somente 28 minutos para resolver o que eu precisava e na saída fui surpreendido pelo aumento do estacionamento, de R$ 9 para R$ 10. O aumento, mesmo que não seja astronômico, me fez refletir sobre minha compra e a viabilidade de voltar a comprar. Mais ainda, me parece que gestores querem inverter a lógica: ao invés de aproximar o público, preferem repelir, cobrando altos valores para o seu acesso. 

Estamos com a cidade em meio a uma depressão econômica. Os rio-grandinos estão na lista do SCPC e do Serasa, em larga escala. O poder de consumo vem caindo radicalmente e o impacto é notado por diversos setores. O varejo, é um dos que mais e que primeiro sente. Portanto, não seria momento de facilitar a vida dos clientes e consumidores?

E não digo isso somente dos estabelecimentos privados. Infelizmente, o centro histórico da Cidade do Rio Grande, está também sendo penalizado por um serviço caro e muito problemático: a zona azul. E digo aqui, não sou contra o serviço. Acho que ele pode ser útil, desde que bem regulamentado e acessível. Contudo, em Rio Grande vemos o oposto. Uma área azul muito grande, mais cara do que em cidades como Cruz Alta e Guaíba, e um atendimento muito difícil. Sem contar, que o poder público ainda é conivente com a cobrança dupla: da zona azul e dos flanelinhas. Infelizmente o centro da cidade está indefeso e isso afeta diretamente o comércio da região. 

Quanto aos shoppings, inúmeras vezes as catracas dão problemas e lá se vão alguns minutos para tentar resolver. Esses dias no centro comercial localizado no Jockey Club, conseguiu a proeza de gerar fila, pois nenhuma das entradas abria. Por fim, ainda querem diminuir ou excluir o atendimento humano, tornando os pagamentos de todos esses sistemas ainda mais demorado e burocrático. Ambos os shoppings deveriam repensar esses valores, tornar esses espaços mais atrativos aos clientes. Existem modelos que funcionam melhor, com valores diferenciados para os dias de semana e aos finais de semana, troca do estacionamento por garantia de compras. Enfim, o que não dá é para seguir pensando que dificultar o acesso ampliará vendas. 

A população e o comércio estão sendo separados por estacionamentos que mais prejudicam do que ajudam. Está na hora de repensar. 





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