Prefeitura assegura a abertura da ponte da Ilha dos Marinheiros
Contrato da balsa encerra na quinta-feira, 21, mas a primeira fase de obras da ponte que liga continente à ilha deve ser entregue já no dia seguinte. Secretário Cláudio Costa garantiu que há condições de segurança para a liberação da ponte

A Prefeitura do Rio Grande assegurou que a travessia entre o continente e a Ilha dos Marinheiros não sofrerá interrupções, mesmo com o encerramento do contrato da balsa na próxima quinta-feira, 21. A garantia foi dada pelo secretário de Relações Institucionais e Comunitárias (SMREIC), Cláudio Costa, que destacou a previsão de conclusão da primeira fase da obra da ponte já na sexta-feira, 22.
De acordo com Costa, a administração municipal tem adotado medidas para garantir que a população da ilha não fique isolada. “Nosso desafio é assegurar a mobilidade, seja para quem vive na Ilha dos Marinheiros ou para quem precisa atravessar para o continente. Caso haja algum problema com a travessia pela ponte, a balsa será liberada para assegurar o ir e vir da comunidade”, afirmou.
A ponte, que vem sendo construída por outra empresa, já passou por uma série de testes desde o início do ano, todos com resultados positivos para a estabilidade da estrutura. Paralelamente, a Prefeitura conduz um processo licitatório para definir a empresa responsável pela manutenção da travessia alternativa, mantendo a balsa disponível como medida de contingência. As cartas-convite para participação na nova licitação serão enviadas a partir do dia 28 de agosto, segundo Costa.
Segundo ele, mesmo que haja atraso na entrega da ponte por parte da empresa que está finalizando a colocação de pedras na ponte e nos pilares, é possível que a ponte seja liberada de forma imediata. “Se a empresa não entregar, que pode ocorrer algum atraso por causa do tempo, já conversamos para mesclar um sistema siga e pare, para que obra e trânsito possam ocorrer”, finaliza ele.
Danos das enchentes e recuperação emergencial
A ponte da Ilha dos Marinheiros foi severamente afetada pelas enchentes de maio de 2024, que provocaram o rebaixamento de até 95 centímetros em sua estrutura. Com um investimento de cerca de R$ 3 milhões, financiado pela Defesa Civil Nacional, a recuperação incluiu dragagem, contenção com barreiras em U e escoramento.
No entanto, os engenheiros identificaram a necessidade de reforços mais robustos, o que levou à execução de uma concretagem subaquática com material especial, realizada por mergulhadores profissionais e com o uso de estruturas metálicas. Essa etapa garantiu a estabilização definitiva da ponte, de aproximadamente 150 metros de extensão e profundidade atual de 9,5 metros.
Travessia provisória por balsas
Durante o período de interdição, a ligação entre ilha e continente foi mantida por meio de balsas coordenadas pela Secretaria de Mobilidade Urbana. O serviço foi essencial para o deslocamento de moradores, transporte escolar e escoamento da produção agrícola, assegurando o abastecimento da cidade e o trabalho de agricultores e pescadores.
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