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Rio Grande,04/11/2025

Café com Z

“Declaramos emergência em saúde pública pela evolução dos casos, pelo número de óbitos e a restrição de leitos”, explica secretária de Saúde Juliana Acosta, durante Café com Z

Durante o Café com Z, secretária de Saúde detalha avanço das síndromes respiratórias, baixa cobertura vacinal e situação dos leitos no município

por Laura Cosme
29/07/2025 | Atualizado em 30/07/2025 - 10h24

“Declaramos emergência em saúde pública pela evolução dos casos, pelo número de óbitos e a restrição de leitos”, explica secretária de Saúde Juliana Acosta, durante Café com Z

Foto: Gabriel Veríssimo

http://www.instagram.com/agafarma_farmaciadosuloficial

Na tarde desta terça-feira, 29, o programa Café com Z, em O Litorâneo, recebeu a secretária de Saúde do município do Rio Grande, Juliana Acosta. Durante a conversa conduzida pelo jornalista André Zenobini, a titular da SMS falou sobre o número de óbitos em decorrências dos casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave, da situação das Unidades Básicas de Saúde (UBSs), além da atual conjuntura da Associação de Caridade Santa Casa do Rio Grande.

Na oportunidade, a secretária explicou que Rio Grande ainda não alcançou a cobertura vacinal desejada, ocasionando no aumento de complicações e óbitos por síndromes gripais. “Rio Grande tem uma cobertura vacinal, uma das melhores no Estado hoje. A gente tem cerca de 53% da nossa população geral vacinada. Agora, aqueles grupos prioritários são a nossa maior preocupação. São crianças de seis meses, pois a partir de seis meses já podem vacinar, idosos, gestantes e aquelas pessoas que têm comorbidade. Então, esse é o perfil dessas pessoas.Dessas 32 pessoas que vieram a óbito até agora, estão dentro desses grupos: 80% com comorbidade, 60% desses óbitos são pessoas idosas e apenas 8% foram vacinados”, afirmou.

Além disso, Juliana Acosta também falou sobre o número de leitos disponíveis no município e de que forma a SMS está lidando com o aumento das internações. “A nossa preocupação maior são os leitos pediátricos,porque teve o aumento dos leitos de suporte ventilatório.Está para abrir agora, essa semana, os 10 leitos também temporários de UTI geral na Santa Casa. Mas na pediatria, a gente ainda não tem uma ampliação. Temos discutido isso com a Secretaria de Saúde do Estado, com a Coordenadoria Regional, sobre a necessidade de ampliar os leitos”, comentou a titular da SMS.

Durante a conversa, outro assunto abordado foi a situação do quadro de médicos do município. “Reforçamos, inclusive, agora para o inverno no Rita Lobato e na UPA do Cassino, que têm gestão direta do município. São unidades que têm um horário estendido também. A UPA funciona 24 horas, e o Rita Lobato funciona até às 11 horas da noite. Não tem nenhum caso de interrupção de atendimento médico. O que a gente tem é médico que saiu de férias, médico que está de atestado e a gente faz um remanejamento imediato com outras áreas, com outras equipes”, garantiu a secretária Juliana Acosta.

Na ocasião, Juliana Acosta também esclareceu qual é a atual conjuntura do contrato de administração da UPA Junção e garantiu que uma nova licitação está sendo elaborada. “A UPA da Junção possui um contrato de gestão. É uma organização social que faz aquele serviço. Agora, em outubro, vence os cinco anos de contrato desse primeiro período de execução do serviço. A gente elaborou já o edital. Ele não foi publicado ainda, passa por revisão. A gente tem uma reunião com o Tribunal de Contas do Estado e pretendemos apresentar, porque esse contrato que está vigente passou por vários apontamentos e várias adequações. Então, para evitar qualquer dificuldade de operação e de apontamentos futuros, tem uma reunião já agendada. O valor de operação da UPA é de cerca de R$ 1.800.000,00. Eu digo “cerca” porque depende do serviço prestado. A gente faz uma análise de prestação de contas, e tem serviço, tem valores que são glosados ou que não têm uma adequada apuração do recurso aplicado. Então, esse valor pode ser glosado, mas o estimado de operação da UPA é R$ 1.800.000,00”, afirmou.

Confira a entrevista na íntegra: