Agricultores do Rio Grande contabilizam prejuízo de R$34 mil em lavouras devido a cheia da Lagoa dos Patos
A horticultura foi o setor mais impactado, com perdas em culturas como cebola, alface, couve-flor e brócolis.

As oscilações no nível da Lagoa dos Patos registradas nas últimas semanas, em decorrência das fortes chuvas que atingiram a região central do Estado, resultaram em prejuízos para os agricultores rio-grandinos que, mais uma vez, sentiram os impactos das mudanças climáticas.
Segundo relatório técnico elaborado pela Emater-RS, a partir da dados do município, os prejuízos na agricultura contabilizam R$34 mil, sobretudo, nas lavouras de hortaliças como brócolis, couve-flor e cebola. Atualmente, Rio Grande conta com 380 produtores rurais, dos quais 300 são pequenos agricultores, conforme dados da Secretaria de Agricultura e Pecuária do Rio Grande (SMAP).
Segundo o levantamento, o cultivo da cebola, a perda foi de 10%, com prejuízo de R$ 6 mil; no de alface, a perda foi maior, metade da produção, com prejuízo de R$ 10 mil; no da couve-flor a perda foi de 20% e o prejuízo foi de R$ 4,5 mil; já na cultura no brócolis a perda foi 30%, com prejuízo de R$ 13,5 mil.
As áreas mais afetadas incluem lavouras de hortaliças localizadas na Ilha dos Marinheiros, Ilha do Leonídio, Quitéria e Arraial, além de residências de pescadores localizadas em zonas mais baixas da Ilha da Torotama, que foram atingidas pelas águas. Vias de acesso e escoamento da produção também foram danificadas.
A horticultura foi o setor mais impactado, com perdas em culturas como cebola, alface, couve-flor e brócolis. De acordo com o laudo da Emater, a produção agrícola, especialmente aquela em solos de relevo plano, teve áreas parcialmente comprometidas.
Para o superintendente de Agricultura Familiar da SMAP, Cledenir Mendonça, as perdas não se relacionam apenas com o que já estava plantado, mas refletem também nos próximos ciclos de plantio. “Embora os danos tenham sido bem menores se comparados com as enchentes do ano passado, os prejuízos devem ser vistos, também, pela ótica do médio prazo, como por exemplo a perda de sementeiras das hortaliças plantadas que seriam utilizadas nos próximos ciclos. Além disso, as áreas que sofreram alagamentos ficarão sem condições de receber novos plantios por, pelo menos, 60 dias”, explica.
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