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Rio Grande,16/07/2025

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Eleições 2024: Confira a entrevista com o candidato a prefeito, Renato Lima (NOVO)

Durante o Café com Z Especial, o candidato respondeu sobre o plano de governo e o que pensa para o futuro da Cidade do Rio Grande.


Eleições 2024: Confira a entrevista com o candidato a prefeito, Renato Lima (NOVO)
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Na noite de quarta-feira, 6, O Litorâneo entrevistou o candidato à Prefeitura do Rio Grande pelo Partido Novo, Renato Lima (NOVO).  A entrevista ocorreu por ordem de sorteio realizado na presença de todos os representantes partidários. Durante a conversa, o candidato apresentou as propostas da chapa e suas visões sobre diversas pautas.


Confira a transcrição da entrevista:


Pergunta:

Quem é o Renato Lima que se apresenta neste pleito?


Resposta:

Eu quero dizer que é extremamente importante para mim, quando eu digo para mim, para o Partido Novo, ter um espaço para poder chegar nas pessoas, porque o nosso partido não tem horário eleitoral gratuito na TV e no rádio. Muita gente está perguntando por que nós não aparecemos na TV e no rádio, essa é uma legislação formatada por grandes partidos, as oligarquias que existem, esses grandes partidos que imperam o nosso país há tantos anos, uns migram para lá, uns migram para cá e acabaram  nos cerceando o direito de desfrutar do horário eleitoral gratuito, que é pago pela comunidade, inclusive. Que são as concessões de serviço público, que não nos premiam da mesma forma.

 Então, nós estamos cerceados desse direito por sermos um partido novo, um partido pequeno, que está crescendo. É um partido que não tem problema com ficha suja, não tem problema de processos judiciais. E o nosso partido, então, quanto mais ele cresce, parece que mais apertam para que a gente não tenha oportunidade. Mas vamos lá, esse então é o motivo que nós não conseguimos chegar nos horários, não estamos presentes no horário eleitoral gratuito da TV e do rádio, mas temos as nossas redes sociais, eu já vou anunciar aqui, que é @renatolimarg, por favor, nos procurem e nos ajudem a transformar a nossa cidade e trazer a verdade para Rio Grande. O que nós precisamos é uma cidade diferente realmente, não continuar com essa sincronia que existe aí de polaridade entre dois partidos grandes que imperam o Rio Grande. 


Bom, eu sou o Renato Lima, tenho 63 anos, sou casado com a Giane, tenho duas filhas, a Bruna e a Thais, dois netos, Caetano e a Joana, e eu sou um empreendedor, tenho uma empresa aqui em Rio Grande, há quase 30 anos, que é o Ponto Gráfico. Sou um gestor, sou filho do falecido deputado federal Valdemiro Lima, tenho muito orgulho de dizer isso, porque é um político que foi ficha limpa por tantos anos na carreira pública e ele sempre prezou muito pela honra, pela dignidade, então saiu completamente ileso da vida pública, hoje falecido é uma pena, deixou heranças memoráveis para nós e importantíssimas. Um exemplo é ter conseguido trazer para Rio Grande o nosso hospital universitário, que até hoje é uma referência para toda a nossa cidade, estado, país. Então, a minha formação é em análise de sistemas, eu fui graduado na Unisinos em processamento de dados, depois me especializei na PUC em análise de sistemas, e sou gestor, como já disse, tenho a minha empresa. E por que eu estou aqui hoje, Zenobini? Você me conhece há muito tempo, na cidade, dentro dos meios que eu participei, que são as entidades empresariais, eu tive uma atividade muito intensa e muito longa, foram 15 anos agindo dentro das entidades representativas do associativismo aqui e de uns tempos para cá eu recuei um pouco, parei um pouco de atuar, até para que se areje um pouco, dê espaço para novos empresários chegarem nessas entidades, e isso eu tenho muita satisfação de ver que as entidades permanecem, a nossa CDL, que eu fui diretor, vice-presidente, fui presidente do conselho, hoje sou apenas conselheiro. Hoje, o que eu mantenho ainda é a presidência do conselho da Federação AGV, que reúne as associações gaúchas de varejo, e isso é um orgulho para mim, e isso eu me mantive, o pessoal me convidou para permanecer, então eu tenho muito orgulho disso. Então, o Renato Lima é esse, eu sou um homem muito dedicado à família, tenho uma filha que mora aqui, que é mãe dos meus netos, tenho uma filha que mora fora, mora em Florianópolis, ela é policial civil, então, basicamente é isso do Renato.


Pergunta:


Renato, para a gente entender um pouquinho desse Renato que chega ao pleito de 2024, eu preciso voltar um pouquinho no tempo. Até para as pessoas entenderem, rememorarem e também para dar oportunidade de explicar e conversar com quem nos assiste. Em 2020, na oportunidade do último pleito, foi um dos empresários que estava numa reunião que convocou o atual prefeito Fábio Branco para ser candidato naquela ocasião, convidando ele, fazendo uma cerimônia de lançamento da candidatura do Fábio Branco. Depois tu te afastou desse movimento e hoje tu chega candidato. O que aconteceu nesse percurso? Por que essa tua separação de todo esse processo?


Resposta:


Vamos lá. Em 2020, nós tivemos o problema da Covid, né? E isso foi um problema violento, evidentemente no mundo inteiro, que nos chocou demais e traumatizou demais e  a condução aqui em Rio Grande, a gestão era do Alexandre, do Partido dos Trabalhadores, e eu já era conselheiro da CDL, me solicitou o então presidente da época, o Igor Klinger, e junto com alguns outros colegas, o Carlinhos Anete e o Renato Silveira, me convidaram  para que a gente formasse um grupo para interagir e tentar encontrar caminhos para que não se tivesse uma radicalização muito grande em Rio Grande, naquele fecha tudo.

 Mas, infelizmente, nós encontramos uma barreira praticamente intransponível naquele momento, que era um secretariado que chegou na cidade que não era da cidade, gente que a gente tinha que conversar que não nos conheciam direito e nem conheciam as realidades municipais de uma forma  por questões políticas. 


Depois ficou sabendo que esse pessoal foi indicado pelo ex-deputado Fontana, do PT, e acabou que Rio Grande ficou com vários secretários nesse sentido, e nós tivemos que ter vários embates, né? Isso foi muito desgastante, inclusive com o próprio Alexandre, que é um cara muito cordial,  lido com o Alexandre até hoje,  inclusive, eu disse para ele isso, ele é uma instituição deputado federal, eu  eleito prefeito, serei a instituição prefeito, então as conversas vão ser normais, vão ser umas conversas para a cidade, sem cores partidárias, de minha parte vai ser isso, vão ser conversas executivas, conversas para resolver as questões da cidade, na busca de recursos, que eu sei que existem em Brasília. Então, naquele momento, eu percebi que a forma, o pensamento que estava instituído na cidade, naquele tipo de gestão, não poderia prosseguir. Então, aí eu conversei com algumas pessoas e resolvemos fazer um movimento para que se interrompesse aquele ciclo, com aquele tipo de pensamento tão fechado, tão duro, tão rígido, que não aceitava sugestões e que não estava permitindo que nós conseguíssemos sobreviver naquele momento. Eu assisti ali, ao entorno da minha empresa, várias pessoas, vários comerciantes, com até mais de 30 anos de comércio, sucumbirem àquela radicalização que poderia ser minimizada se tivessem flexibilizado um pouco alguns controles, algumas exigências, que não comprometem, evidentemente, a questão da contaminação pelo vírus fatídico, que tanto criou problema para nós. Então, eu conversei com algumas pessoas e aí se formou um grupo, né, para que se pudesse ter uma solução alternativa. Isso já era maio, junho, né, de 2020, e então começamos a fazer algumas reuniões e o que se entendeu, e eu fui um dos que, inclusive, liderou esse movimento, o que se entendeu é que tinha que ter alguém com capacidade eleitoral e naquele momento quem teria capacidade era o então deputado na época, que era o Fábio. 


Então, conversamos com o Fábio para que ele concorresse. Fizemos um trabalho que originou, inclusive, o Mar de Oportunidades, que foram algumas sugestões que foram desenvolvidas pelo Guilherme, que eu sempre digo, o Guilherme é uma pessoa muito competente, e ele montou aquele projeto junto conosco, dadas as sugestões que muitas coisas eu tenho que dizer, com um pouco de falta de modéstia, que foram coisas que eu pensei que deveriam ser feitas. E aí ouvimos a sociedade em alguns cantos, vimos as necessidades, que é o que eu estou fazendo hoje de uma forma muito mais modesta, porque o nosso partido é um partido pequeno, mas eu já tenho muitas informações. E então formamos aquilo, conversamos e ajustamos que tocaríamos esse projeto para interromper aquele ciclo com um projeto em que se teria um novo modelo de gestão na cidade, mais aberto, mais amplo e com a participação efetiva da comunidade nesse projeto. Ao longo daquele período foi se indo, até que chegou um problema que para mim foi muito grave. Eu sou alguém que tem essa minha filiação ao Partido Novo, uma das coisas que se deve é o rigorismo ético que existe dentro do partido, e aí eu me sinto à vontade de estar nesse partido. Quando surgiu a condenação do Fábio por corrupção, foi uma condenação em primeira instância, eu me senti muito desconfortável com aquilo, e acabei conversando com todos e dizendo que, diante daquele fato, que eu não esperava aquilo, eu me retiraria deste projeto, porque eu não consigo fazer isso, entendeu? Eu não tenho como fazer isso. E aí me retirei do projeto e quem se achou, quem achou que isso era uma coisa que poderia acontecer, seguiu, e o resultado foi esse, nós tivemos aí a eleição, então, do Fábio.



Pergunta:

E o teu caminho, tu passou a trilhar, a partir daquele momento, culminando com essa candidatura à Prefeitura. E aí eu te pergunto, Renato, por que a escolha do Partido Novo, ao chegar nesse momento, tu já falou um pouco da questão ética, mas é um partido em Rio Grande que está iniciando, não tem tanta força política, E a pergunta que eu já coloco para ti, de tudo isso e da trajetória que tu vai finalizar contando, qual é o projeto que brilha os teus olhos, que faz o Renato querer ser candidato a prefeito?



Resposta:


Muito bem, eu só queria corrigir porque naquele momento eu não tinha a mínima intenção de concorrer, eu nunca tive a intenção de concorrer à prefeitura. Então, esse processo todo do Partido Novo, lá em 2020, também houve um problema em 2019, eu tenho que retroceder um pouco no tempo, que com o evento Amoedo dentro do Partido Novo, que o partido tem um estatuto extremamente rigoroso, e que houve os filiados, o Amoedo tentou montar dentro do Partido Novo um sistema em que ele ficasse de dono do partido, como ocorre nesses partidos tradicionais, ou seja, um partido que ele mesmo fundou junto com o Roberto Motta. Inclusive tem um livro chamado Os Meninos do Leblon, se não me engano, onde ele conta histórias, a história de como se formou o Partido Novo. 


O Amoedo, que foi um fundador do Partido Novo e era o nosso presidente na época, tentou fazer com que o partido ficasse sob a sua batuta e não tivesse mais a liberdade que nós tínhamos de escolhas, de definições. Isso obstrui, inclusive, que em 2020 o Rio Grande tivesse candidaturas à vereança. Na época, não teríamos para a Prefeitura, porque ninguém estava disposto, com condições de concorrer, então teríamos candidaturas à vereança. Mas isso nos foi proibido de uma forma muito violenta, muito bruta, e isso criou um descontentamento. Então aí houve uma mobilização no partido, muita gente saiu do partido, em Rio Grande nós ficamos, em termos de filiado, adimplente, dentro de todas as exigências do Novo, o único que ficou fui eu, até porque eu pensei, se eu sair do Novo eu vou ir para onde? Porque eu sempre tive uma ligação com a política, acho que é importante ter uma participação e pelo menos opinar com relação à política, mesmo que eu não tivesse função e nem tivesse sido eleito,  mas eu sempre acreditei que era importante estar muito atento a política e votar e tentar influenciar pelo melhor 


Bom, então a tua pergunta de como eu cheguei até aqui, me afastei, fiquei na minha vida família, na empresa, com  minha filha que mora fora, meus netos, e cuidando da minha vida praticando arte, me afastei completamente. Questão de um ano e pouco atrás, o nosso presidente, que já esteve aqui contigo, o Marcelo Slaviero, entrou em contato comigo e me disse que precisávamos remontar o partido em Rio Grande, reestruturar. E a partir dali começamos esse trabalho. Então, tivemos alguns encontros, comecei a convidar um, convidar outro, e aí fomos montando. E esse projeto é apaixonante no Partido Novo, porque as pessoas se identificam com a clareza que existe dentro do Partido Novo. E com a congruência em termos éticos, dignos, a questão da direita à propriedade privada, a liberdade, que é uma coisa que o partido batalha muito. Isso começou a aproximar muitas pessoas e o partido começou a tomar vulto. E aí surgiram as candidaturas à vereança, nós temos 12 candidatos a vereador, pelo número 30, começa sempre com o número 30, evidentemente. E aí a pressão em cima de mim começou pelo fato de eu ser, em Rio Grande, ser um dos primeiros filiados, tem gente com uma filiação um pouco mais antiga, mas eu tinha um pouco mais de ingerência sobre a política e as pessoas começaram a confiar muito e me pedir muito para concorrer. Eu relutei muito por isso, não é demagogia de político, porque eu não sou político, eu sou um gestor, eu sou um empreendedor. Nunca quis concorrer, gosto de deixar isso claro, mas eu sou daqueles que eu entro, bom, aí eu entro, agora vou e vou para ganhar.


Pergunta: 

E qual é o projeto que brilha os teus olhos? Nesse voo para ganhar, tem que ter um projeto que diga não, eu quero fazer isso para mudar a minha cidade. Se Renato Lima for prefeito de Rio Grande, qual é esse projeto?


Resposta:

O grande projeto é retomar o desenvolvimento efetivo da nossa cidade. A cidade precisa se desenvolver, a cidade precisa melhorar, porque isso vai aumentar a arrecadação, porque vai gerar desenvolvimento, nós vamos gerar empregos, e emprego é a melhor forma de você combater qualquer problema social. Evidentemente, que tem que ter os acompanhamentos de todos os programas, etc. Mas tendo emprego, você já resolve muita coisa. 

 Rio Grande é uma cidade que tem perdido muito. Há pouco, saiu um índice em que Rio Grande perdeu 40 pontos na sua capacidade de competitividade, no seu índice de competitividade. Perdemos 40 pontos, 40 posições, quer dizer, isso é muito ruim. E a gente sente isso na cidade, basta andar pela cidade. Eu tenho dito nos meus pronunciamentos nas redes sociais, que existe uma cidade real que está completamente desconexa da cidade que está sendo apresentada pelo atual governo, pelo MDB. Eles estão apresentando uma cidade linda, maravilhosa, com obras, com isso, com aquilo e tal. Mas, meu amigo, onde está isso? Onde é que se vê isso? Eu não estou vendo, não tem no centro, não tem na praça, não tem nos bairros, não tem nas ruas, não têm nas valetas. O outro governo falava no valeta zero. Eu gostaria de saber se esse projeto vai continuar, quantos anos vai levar para completar esse projeto do valeta zero? Porque não cumpriram e agora continua esse com ideias mirabolantes, com coisas, e vendendo uma ilusão, uma coisa que não existe na cidade. 


Então, o que me apaixona no Novo é a seriedade no trato dos comprometimentos, dos compromissos, do que vai ser feito na cidade, entendeu? Porque são pessoas que, fundamentalmente, o Novo exige, em qualquer filiação, Zenobini, e telespectadores aqui do O Litorâneo. O novo exige muito para que você possa ser candidato e até para ser filiado. Para ser filiado, você tem que assinar que você aceita que investiguem a sua vida, porque se você tiver um problema, se você for ficha suja, você não entra no partido, você não é filiado, você não é aceito no partido. E para concorrer, você passa por uma série de testes, passa por uma jornada de aprovação para ser. Então, você vai responder a questionários, você vai fazer um treinamento, você vai responder para uma banca. Então, não é assim. Teve outras pessoas que tentaram se candidatar a vereador pelo Novo e nesse momento ainda não estavam tão alinhadas com ao que o Novo pensa, que tem que ser feito na cidade.


Pergunta:

Renato, tu falou em desenvolvimento, geração de emprego, geração de renda para as pessoas, que esse é o teu carro-chefe da tua proposta. A pergunta que eu te faço é como fazer isso, como gerar esse desenvolvimento, como gerar essa geração de emprego e renda. Te pergunto isso, tu falou que não é político, é gestor, e como gestor, se eleito fores prefeito, tu vai ter um déficit  programado de 96 milhões de reais, esse é o déficit que está lá na Lei de Diretrizes Orçamentárias do ano de 2025, e ao mesmo tempo vai ter na mão um contrato de um empréstimo em cerca de 400 milhões de reais para fazer obras. Como equilibrar tudo isso e como fazer essa geração de emprego e renda? Como o gestor Renato Lima vai colocar isso em prática?


Resposta:


Em primeiro lugar, a gestão, quando ela é feita de forma assertiva, sem desperdícios, sem retrabalho,  evitando qualquer tipo de aproximação com empresas que podem gerar algum tipo de... que isso existe no setor público e todos nós sabemos, né? Podemos ter algum problema, não estou dizendo que existam nos contratos aqui, mas se houver nós vamos cortar. Qualquer tipo de corrupção, algum tipo de desvio inadequado... Isso tudo será cortado imediatamente, nosso secretariado será exclusivamente técnico. As estruturas da prefeitura serão valorizadas, o que existe dentro da prefeitura, no corpo técnico da prefeitura será valorizado, treinado, capacitado, para que nós tenhamos um desempenho muito melhor. Só com isso já vamos gerar uma economia de vários valores, de muito valor. Bom, como é que nós vamos aumentar a receita do município? Evidentemente, que não é aumentando imposto, tá? Eu quero deixar claro aqui que eu não vou inventar nenhuma taxa, como foi inventada aí a taxa de iluminação pública, que passou batido na Câmara, o trecho foi aprovado, né? E nós hoje estamos pagando mais uma taxa de iluminação pública, que isso já devia estar, já estava inserido no IPTU e criaram a taxa de iluminação. O perigo disso qual é? Se permanecer esse tipo de procedimento por parte do poder público, daqui a pouco ele vai criar uma outra taxa: a taxa de segurança extra em praças, a taxa de segurança extra, isso pode começar a sufocar cada vez mais o bolso do consumidor. Não é isso que nós vamos fazer, pelo contrário. Nós vamos procurar desburocratizar, isso é uma outra coisa, nós vamos desburocratizar, reduzir o que for possível, reduzir taxas. É evidente que no início nós estamos com essa situação que tu mencionaste, que tem aí um déficit previsto de 96 milhões. Esse déficit, ele é previsto. Mas também é prevista uma arrecadação. Então, se você aumentar, se nós aumentarmos a arrecadação, a gente consegue já tentar equilibrar. É difícil por quê? Porque a cidade está num ciclo de falta de desenvolvimento. Então, vai ser difícil. Mas, com algumas atitudes, como enfrentamento muito rápido da desburocratização, da burocracia, através da desburocratização, nós já vamos começar a atrair investimentos. Uma das coisas que eu vou perseguir muito é a comercialização do nosso distrito industrial, porque nós temos um distrito industrial praticamente parado, não é comercializado. Há muitos anos ele foi fundado, há cerca de 50 anos, não sei qual é a data exata que ele foi fundado, eu nunca vi um trabalho efetivo de divulgação e de atração de investimentos para o nosso distrito industrial. Então, isso é uma área de 2.500 hectares, que eu não sei exatamente quanto que já está ocupado, mas é muito pouco, nós temos muita coisa para ocupar, e ali nós temos água abundante, que é uma... é fundamental para as indústrias se instalarem.


Pergunta:

Pretende municipalizar o Distrito Industrial?


Resposta: 

Pretendo municipalizar o Distrito Industrial, sim. Eu sei que vai ser uma briga complexa, difícil, mas os motivos e as razões, as forças que nós temos para que isso seja feito, eu acho que nós vamos... Não, eu tenho certeza que eu vou lograr êxito nisso, e aí nós vamos montar uma equipe forte de comercialização, e isso já vai ajudar muito. Então, nós vamos trazer indústria de transformação, que é uma indústria... pega a matéria-prima e transforma, isso cria valor agregado, a faixa salarial é muito mais alta, você vai para uma faixa de 7, 8, 9 mil, 10 mil, o que já dá um apoio na renda per capita do município. Isso certamente melhora a arrecadação.


Pergunta:

Renato, tu falou em secretariado técnico, tu trouxe isso na tua fala. O Partido Novo hoje, na atual circunstância, não tem nenhum vereador eleito, ou seja, base zero na situação de hoje da Câmara de Vereadores. Vocês estão com uma nominata, pretendem concorrer e eleger vereadores, mas ainda assim vão precisar trabalhar por maioria, trabalhar por uma base estruturada na Câmara de Vereadores. No plano de governo de vocês, vocês falam em rachar com essa velha política, em trazer uma nova política, uma nova forma de fazer política. Como vocês vão conquistar esse apoio na Câmara de Vereadores? Se o secretariado não vai ser político e sim técnico, como é que vocês pretendem fazer realmente essa negociação com a Câmara de Vereadores?


Resposta:

A negociação vai ser simples, porque se o secretariado é técnico, as questões que vão ser levadas para serem aprovadas na Câmara... Na Câmara serão técnicas. Então são projetos como esse, da municipalização do Distrito Industrial. Quem é que vai ser contra isso? Por que vai ser contra isso? Porque é contra o município? Nós queremos mudar algum tipo de tratamento na questão da mobilidade urbana. Nós vamos melhorar e nós vamos explicar o porquê estamos fazendo isso e que nós vamos melhorar a mobilidade urbana. Então os vereadores vão voltar contra? Eu cito sempre um exemplo, porque me perguntam isso, isso é uma técnica que... Uma técnica não, mas é um pensamento que existe da velha política de dizer que nós, do Partido Novo, e aí vem essa grande perseguição por parte dos grandes partidos, porque sabem que cada vez mais nós estamos nos fortalecendo. Eu cito sempre o exemplo do nosso governador de Minas Gerais, o Romeu Zema, que quando ele se elegeu a primeira vez, ele tinha um deputado estadual na Assembleia. Mais de 50 deputados ele tinha, não sei o número exato lá em Minas Gerais. mas certamente deve ser muito mais de 55 deputados, que é o que nós temos aqui no Rio Grande do Sul. Ele tinha um deputado estadual. Quando ele terminou o governo, ele conseguiu aprovar todos os projetos que ele queria, porque ele tinha a maioria, não é maioria com base de governo, não, é uma maioria convencida de que os projetos voltados para o cidadão, eles devem ser aprovados. E essas pessoas acabaram entendendo que realmente esses deputados lá mineiros, eles entenderam que tinham que aprovar os projetos que vinham. né evidentemente com independência que é o que nós fazemos o partido novo é independente ato é base de governo não base de governo nós somos pelo que nós acreditamos e que defendemos então a câmara de vereadores eu tenho certeza que eu vou chegar na câmara e conheço vários vereadores candidatos de outros partidos não é que se encontram comigo e eu falo isso com eles eles diz não Renato pode contar comigo pode contar comigo em todos os partidos indistintamente porque porque evidentemente o cara quando se lança vereador alguns né querem a boca Mas alguns vão por ideologia, porque querem efetivamente fazer pelas suas comunidades. E eu tenho certeza que juntando um bom projeto, num bom plano de governo, e aqui eu digo, nós temos um plano de governo, e plano de governo não é conversa fiada não, isso aqui é compromisso, isso está registrado no TSE, quem acha que plano de governo não serve para nada, está muito enganado, não entende nada de gestão pública. Porque se você não tiver plano de governo, você não consegue trabalhar.


Pergunta: 

Tem um assunto que eu tenho conversado  com os outros candidatos que eu queria conversar contigo, mas esse eu preciso tirar de ti uma proposta boa, porque tu foi presidente da CDL, tu trabalha na Associação Gaúcha do Varejo, falou isso aqui na sua fala inicial, e eu preciso saber de ti qual é o projeto para o centro histórico da cidade do Rio Grande.


Resposta:


Ótimo, é uma boa pergunta. Ainda ontem eu estive no Sinduscon e a gente falou bastante sobre o centro histórico de Rio Grande. Como eu já estou há bastante tempo nessa questão das entidades, né? Eu não lembro o ano, mas o governo era do Janir, e ele solicitou a CDL, eu era, eu tinha recém-chegado na CDL, na gestão do meu amigo Gordo, da Ótima Estima, e eles solicitaram um projeto para revitalização da outra parte do Calçadão, que hoje já está tudo praticamente a mesma coisa, mas dá Duque até a Neto, que não tinha sido revitalizada, porque ali é muito sensível em termos de... de cuidado histórico, o IPHAE e o IPHAN, tem um olho muito grande para aquilo ali, em virtude da nossa catedral. Então foi solicitado aquele projeto para nós, e nós fizemos aquele projeto. Eu contratei na época o arquiteto Oscar Décio Carneiro, que era um homem conhecidíssimo na cidade, muito respeitado, e conhecia tudo sobre essa questão de cuidados. do Centro Histórico e do Patrimônio Histórico, cuidado do Patrimônio Histórico, e ele fez um belo de um projeto e nós entregamos para o Janeiro, pago e aprovado pelo IPHAN , que é o Instituto do Patrimônio Histórico Nacional, e pelo IPHAN, que é o Instituto do Patrimônio Histórico Estadual. Entregamos isso aprovado para Janeiro. E aí, como eu digo em alguns lugares, imaginem o que aconteceu. Absolutamente nada. O que é isso? Falta de gestão. Não é possível. Tu pede para uma entidade privada, a entidade privada faz o trabalho, entrega na mão da prefeitura, tudo pronto, mastigado. O projeto está pronto e aprovado, é só executar. Eles não executaram. Então por que pedir para a iniciativa privada? Então, às vezes eu digo também que qualquer um pode chegar aqui no teu microfone e dizer um monte de coisas em um dia. Agora tem que ver quem vai dizer e vai fazer. Porque a pessoa fala, diz, mas depois não faz. Isso nós temos comprovações, tem vários exemplos aqui em Rio Grande de coisas que vão fazer, vão fazer, vão fazer. E aí uns dizem, não, Antana, é a mudança que tem que continuar. Como assim a mudança tem que continuar? Outros dizem, não, a verdadeira mudança. Vamos parar com essa conversa fiada, vamos cair na realidade. A cidade está aqui fruto de gestões muito ruins dos últimos 30 anos. E são os mesmos que estão querendo pegar novamente a prefeitura. Muito bem, mas vamos voltar ao centro histórico, que é o foco. O centro histórico precisa da regulamentação, Zenobini, dos entornos históricos. Então o Ifã esteve aqui, como eu disse, ele tem um olho muito cuidadoso aqui para a nossa... para nossa cidade, que é uma cidade histórica, tem um patrimônio lindo, maravilhoso, que está sendo destruído, infelizmente, pela falta de cuidado, falta de gerenciamento por parte do poder público municipal. Isso é uma verdade, é uma realidade. Todos os teus telespectadores aqui, pesquisem, vão olhar o patrimônio histórico da cidade, vão ver como é que está, vão ali na versão ferro. Outro dia eu fiz um vídeo ali, o mundo está destruído. Bom, esse entorno que tem do centro histórico... Tem um entorno, tem uma poligonal ali feita pelo IPHAN  e outra feita pelo IPHAE e o regimento disso é pelas normas estaduais e nacionais, que têm os seus rigores. Nunca foi feita a regulamentação disso por parte da prefeitura aqui em Rio Grande. Olha quantos anos tem isso. Nunca foi feito. Isso gera um problema grave, porque ninguém pode construir mais de 8 metros de altura nessa poligonal. Então, o que você vê na cidade? Você vê prédios caindo aos pedaços, ninguém cuida, porque não dá, porque não tem como reinvestir ali, não dá o retorno, até porque no centro os prédios normalmente são mais caros, etc. Então, como é que você vai reinvestir? Então, se você fizer a regulamentação disso em termos municipais, você vai ter como flexibilizar algumas coisas, evidentemente, respeitando toda a questão de volumetria, a questão de aproximação, de insolação, de visibilidade, etc., desse patrimônio histórico. Mas isso vai ser feito, evidentemente, né? E isso vai fazer com que você possa trocar áreas que estão bloqueadas pelo fato de estar do lado da igreja, o que tu vai fazer? Tem que ficar com o que tu tá, tu não pode mexer muito ali. Mas aquilo ali vai te dar direito, porque tem uma área que poderias fazer e tal, e aí tu negocia isso e a pessoa pode vender isso com outros lugares. Que é a verticalização, que falam, né? Dos centros e das cidades. Isso aí, quem quiser entender um pouquinho mais, pode... e dar uma viajadinha aí para Itapema, para Balneário Camburiu, você vai ver o que tem sido feito lá.


Pergunta:


Renato, tem um outro programa, um outro projeto aqui no teu plano de governo que eu queria entender um pouquinho e queria que tu falasse sobre ele, que é a Zeladoria Distribuída. O que é isso? O que tu pretende implementar com isso? Está aqui dentro da área de infraestrutura do teu plano de governo e eu queria entender um pouquinho melhor. O que seria essa zeladoria distribuída? Tu vai destrinchar a Secretaria de Zeladoria, é isso ou não?


Resposta:


Qual é o projeto para isso? A zeladoria vai ficar um pouco mais aliviada com relação ao trabalho dessa cidade, que é uma cidade muito espalhada, né? Tudo fica difícil, exatamente porque os governos que se passaram não perceberam que existe a verticalização para que você economize tanto no transporte... público na pavimentação, como na rede de água, na rede de esgoto, você consegue economizar. O tratamento, inclusive, de todas essas questões, se está verticalizada a cidade, você consegue economizar. E isso é um dos problemas do Rio Grande, a falta de planejamento nesse sentido também. Mas a zeladoria distribuída, nós tínhamos até um outro nome, que seria bairro empreendedor. Ficou uma discussão se nós entraremos com zeladoria distribuída ou com bairro empreendedor, que é a mesma coisa. O que significa isso, Zenobini? Nós vamos atacar dois problemas diretamente. Uma, você pode fazer serviços de capina e serviços de... você pode ter hortas urbanas nos bairros. Mas vamos pegar o serviço de capina, que não existe. De limpeza das valetas, evidentemente que tem que ter um apoio do município para as questões mais pesadas, mas a parte de corte de grama, de manutenção, de poda de árvores, disso, daquilo, o recolhimento disso tudo, a prefeitura continua administrando. Mas você pode ter no próprio bairro, no próprio bairro, através da associação, através de uma MEI. Alguém que forme uma MEI, um grupo de pessoas que se formem no bairro, você já vai gerar renda no bairro e a prefeitura, então, contrata esses serviços de bairro em bairro, dependendo do tamanho do bairro, evidentemente, que você vai ter que ter duas ou três, vamos colocar que sejam empresas de zeladoria, ok? Empresas de zeladoria que serão feitas nos bairros. Essas microempresas poderão agir fazendo esse tipo de trabalho e prestando um serviço para o seu próprio bairro. Isso faz com que a comunidade se integre melhor e vai cuidar até melhor do seu bairro, além de gerar renda para as pessoas sem precisar se deslocar. Elas vão ficar ali e vão cuidar do próprio bairro. E se você instalar ainda uma horta comunitária, que aí já é um outro trabalho, você ainda vai melhorar mais ainda essa perspectiva, porque no bairro você vai ter alguma fonte de renda e de desenvolvimento para essas pessoas, para que elas possam trabalhar ali e ter uma certa renda no seu... no seu próprio ambiente que mora. E isso vai ajudar com que as pessoas até tomem muita consciência de cuidar do seu bairro, de se desenvolver no bairro. E esse é um projeto que está caindo muito bem. As pessoas que estão conosco, os candidatos a vereadores que são dos bairros e estão apaixonados por esse projeto, já têm conversado em diversos bairros sobre isso. E a receptividade é maravilhosa, a aceitação é muito boa. E muita gente disposta a colaborar com isso. Até gente está se voluntariando para trabalhar com isso. Então, a zeladoria distribuída é isso. E claro que vai ter toda a coordenação, o projeto, o apoio logístico, o apoio de, digamos, precisa de uma retroescavadeira, não vou querer que o cara compre uma retroescavadeira, né? Precisa de uma reta para limpar a valeta, para isso, para aquilo, para canalizar, para drenar, para passar. Isso aí, evidentemente, fica a critério da prefeitura. Mas essa capina, esse tipo de coisa vai ser feito pela própria comunidade.


Pergunta:


Renato, eu queria que tu falasse um pouquinho agora sobre qual é a visão do novo. Qual é a visão do Renato se eleito for para o turismo em Rio Grande?


Resposta: 


Turismo, ok, vamos lá. Deixa eu me organizar porque é tanto assunto, né? O Rio Grande sofre muito com a questão da falta de um planejamento efetivo na área de turismo. Nós não temos muito isso. Então nós temos a capacidade de impulsionar o nosso turismo, vamos lá, o centro histórico que eu já falasse, né? O que a gente pode arrecadar em termos de turismo ali no centro histórico? É sensacional. Então, muita gente diz, mas como é que você vai recuperar o centro histórico? É uma coisa difícil, mas tem a economia criativa, por exemplo, que é algo que já existe um trabalho da Urbis, o nome da empresa é Urbis, um trabalho de avaliação sobre isso, que no centro da cidade pode fazer com que as pessoas insiram ali as suas capacidades individuais, ou em termos de artesanato, ou um café. Nós temos aqui em Rio Grande um exemplo, eu já citei esses dias, que é de um conhecido, um arquiteto conhecido, que é a Estação Café, que é um exemplo de economia criativa. E o estudo que existe em Rio Grande, de tantas coisas que o Rio Grande tem a capacidade de fazer na parte da economia criativa, entra cafés, entra barbearias, entra lojas de artesanato, pessoal de som, de arte, quadros, etc. Isso cria um ambiente que favorece o turismo nessa região da cidade. Aí nós podemos falar em termos de turismo logístico, turismo de negócios, por exemplo. Aqui nós temos o Porto, é uma... Meu Deus do céu, né? A nossa ideia também com o Distrito Industrial é criar o Centro Logístico Gaúcho, porque nós não temos um Centro Logístico Gaúcho. Então nada melhor do que montar no nosso Distrito Industrial um Centro Logístico Gaúcho. Nós temos aqui o... é uma área retroportuária gigantesca que tu pode, que tem ali a 200 metros, tu está na beira d'água, então é fantástico, vamos fazer ali, vamos criar um intermodal nesse espaço que nós temos, onde vai chegar tudo que é tipo de carga ferroviária, por falar nisso, já está assinado o estudo de viabilidade técnica para o trem de Pelotas Rio Grande, é um trem de carga, um trem regional, é uma boa notícia, estou dando aí, não sei se é em primeira mão. talvez seja, essa ordem foi assinada, a ordem de serviço foi assinada para esse estudo de viabilidade técnica econômica e ambiental, dia 8 de agosto, agora faz pouquinho que foi assinado, então isso já vai trazer uma força muito grande para Rio Grande, e também vai servir de trem de passageiros, mas vamos lá, o turismo na questão de negócios, não se vê, e tu tem o maior porto do estado, ou porto do estado real, que deveria promover isso para cá. Então essa associação entre prefeitura e porto para criar eventos de negócios, turismo, desculpa, me afasto aqui, né? Turismos de negócio em Rio Grande é outra... É outra área do turismo que tem que ser desenvolvida fortemente. E aí nós vamos partir para as estruturas. E não é difícil de desenvolver, mas basta ter um plano. Tem que ter um plano para isso, um planejamento, e cumprir esse planejamento de focar com o porto tem que ser a base para puxar esse turismo de negócio para cá. Nós temos uma rede hoteleira capaz de absorver isso, temos ambientes maravilhosos para isso, seja na cidade, seja no Balneário Cassino. O turismo esportivo, o turismo de aventura, o turismo de lazer, o turismo de passeio, de apreciar pássaros, etc. 


Pergunta:

Renato, as pessoas precisam se mover dentro do município. E aí eu preciso entender qual é o plano do novo para a mobilidade do nosso município.


Resposta: 

Mobilidade urbana? Em primeiro lugar, tem que ver os fluxos, né? Eu vejo aqui que fazem algumas intervenções no fluxo, que parecem não obedecer muito um estudo de engenharia de tráfego. Vamos lá, nós temos, não temos uma, falar em integração, teve aquele negócio do autorama que falavam ali, que agora desmancharam, vamos ver como é que vamos fazer aquilo, mas o estudo de fluxos de acordo com horários, de acordo com atividades econômicas, de acordo com o pessoal que mora em tal zona, aonde que eles mais frequentam. em que horários que eles mais precisam. Não existe isso. A mobilidade urbana está sem licitação, acho que fazem 20, 15, 20 anos, não sei quanto tempo faz, a licitação do transporte coletivo. Então, a mobilidade vai passar por um reestudo de engenharia de tráfego, onde vai mostrar quais são os fluxos necessários, os horários, e vamos também implementar a mobilidade, o nome é, eu sempre me esqueço, mobilidade... Deixa eu ver aqui. Essa aqui integra bicicleta, patinetes, elétricos, que está sendo usado em outros lugares por aí. Não faz mal que eu não ache aqui, mas o objetivo é esse. Tem um nome específico para isso, que está aqui no plano, mas eu não vou lembrar o nome exatamente. Mas essa integração entre o ônibus, o tamanho do ônibus, o tipo de rota que ele vai fazer, valores, regionalizar, as pessoas que moram em tal lugar, qual é a maior tendência, para onde eles mais vão. Esse estudo tem que ser feito, da dinâmica da população, onde ela se desloca, que horário ela se desloca, para que você tenha um transporte coletivo efetivo, uma mobilidade que facilite. Eu hoje, lamento ainda, num outro lugar que eu participei ontem, numa entrevista que eu participei ontem, eu tive uma notícia de uma funcionária que trabalha comigo já há muito tempo, uma querida, uma moça que tem um filho pequeno. E ela me disse que não tem mais como ela vir trabalhar, porque ela está ficando quase 10, 12 horas fora de casa, e não é por causa do trabalho, e sim pelo acesso. Ela mora no Parque Marinha, ultimamente ela está nevada duas horas para chegar em casa, e duas horas para chegar aqui, porque a obra que está sendo feita na RS-734, que é uma obra que já devia ter sido feita há muito tempo, não existe, lá vou eu de novo, não existe um planejamento que tenha estudado qual é o fluxo, qual é a... A intensidade desse fluxo nos piores horários para que viabilize acessos, desvios, que funcione, Zenobini. Então falta, de novo, falta gestão na cidade. Ah, mas é uma obra estadual. Não, mas está dentro do município. Está dentro do município, isso é responsabilidade do prefeito. O prefeito tem que ir lá e dizer, não, não, não, assim, tu não vai funcionar, meu amigo. Só um pouquinho. Tem que ter desvios adequados e o planejamento tem que ser. Tu vai desviar para cá, mas tu não vai ferrar com o público que tem que passar nesses horários, os trabalhadores. Então isso gera... Desgaste psicológico, dinheiro, é custo que o município está gastando e as empresas de ônibus também estão quebrando, porque gasta muito, porque quebra a mola, não é um quebra-mola, mas quebra a suspensão dos veículos, gasta muito mais, porque é uma loucura aquilo ali, quem transita ali, e eu passo por ali todos os dias, até esses dias fiz uma manifestação sobre isso, até melhorou um pouquinho, mas em seguida retomou aquela barbaridade. Então não há gestão, não há participação, não há efetiva influência por parte do poder, não existe, parece que há ausência do poder público nos lugares, nas atividades da comunidade, na dinâmica da cidade.


Pergunta: 


Renato, nós estamos nos encaminhando para o final da entrevista, faltam uns minutos ainda, e eu precisava entender uma situação. O Novo é um partido reconhecido por querer um Estado menor, uma menor participação do Estado no cotidiano da sociedade. Como é que o Renato Lima vai conversar com os servidores públicos municipais e aí com um enfoque especial principalmente aos professores e aos técnicos da educação? E aí peço que tu fale também um pouquinho do teu pensamento para a educação no município do Rio Grande. 


Resposta: 


vamos lá. Essa questão dos professores é algo que, e não tem como a gente aceitar mais cada início de ano essa loucura né de início letivo período letivo que inicia falta professora as crianças não tem aula não tem como porque que falta professores eu não vi nesse tu pode tranquilamente de planejar né porque o senhor tá em casa me vendo a senhora que tem filhos os jovens que têm filhos nas mães que precisam que os filhos estejam na escola e não tem aquele olhar e ela tem que faltar o trabalho porque não tem um grupo de pessoas né que possa é acolher a criança, principalmente a criança do ensino básico ali, então não é possível mais isso, falta planejamento de novo, falta gestão de novo, quer dizer, você tem um quadro, você sabe quantos professores você vai precisar para iniciar o ano letivo, vai olhar quantos professores tem disponíveis, tem uns que estão com problema de doença, tem outros que não estão, está em férias, está em licença, seja lá o que for, isso faz parte da empresa também, a gente tem que... organizar isso na nossa empresa, porque se a empresa tem um grupo de funcionários, tem uns que vão ter que tirar férias, evidentemente, então tu tem que te organizar pra não parar de trabalhar, e é o que acontece, é falta de organização, falta de planejamento, as pessoas chegam no horário de pegar a escola, então aí tá faltando professores, aí aquela correria sempre, querendo resolver de qualquer jeito e não tem professor para chamar, e por que não chama os concursados que já estão?


 Concursados que já estão aptos, já participaram do concurso, estão precisando de trabalho e não chegam. E se não tem concursados para chamar, por que não contrata pessoas para suprir? Ah, porque já está com 58% da folha comprometida. Pois então vamos resolver esse problema também de 58% da folha comprometida. O que tem de errado? O que fizeram? Se tem tanta gente, tem que ter gente para trabalhar, certo? Se tu tá com 58% da FGV, tem que ter gente pra trabalhar. Onde é que estão essas pessoas? Qual é o problema dessas pessoas? Por que não estão trabalhando? Ou estão trabalhando? Então tá mal administrada. É o que eu disse, que são os desperdícios, a falta de gerenciamento, para que tudo funcione. Então, os funcionários públicos municipais, e na minha chapa, a minha vice, é a Márcia Santos, que já foi entrevistada por ti aqui, é uma servidora pública municipal da área da saúde. Ela trabalha na UPA do Cassino. Então, a MArica sabe, ela é participante do Novo. Então o Novo quer uma estrutura necessária para atender a atividade do município. Então nós temos que entender, as pessoas têm que entender, que a prefeitura é do cidadão, entendeu? E os servidores sabem disso. O cidadão tem que ter orgulho dos seus servidores. E os servidores têm que ter orgulho de servir a esse cidadão, orque são pagos pelo trabalho dos cidadãos através do recolhimento de impostos, entendeu?


Pergunta: 

Renato, eu queria rapidamente, estamos chegando nos últimos minutos, mas entender um pouquinho da tua proposta para o Cassino. O que tu pensa para o balneário cassino, se prefeito fores?


Resposta:


O Cassino precisa ser encarado de forma diferente, tá, Zenobini? Porque o Cassino, estão achando que o Cassino é um Balneário. O que tem de obra, de infraestrutura no cassino? É real, fizeram ali 150 metros de uma rua ali e chamam aquilo de beira-mar. Não, tá, mas vamos lá, né? É um pedaço de rua, não querendo desmerecer, mas aquilo tem que ser um trabalho que beira-mar, então nós vamos fazer pelo menos que chegue até os Molhes, tem que ser isso. Ah, mas não tem recurso. Recurso, se for bem trabalhado, se tiver projeto, e nós vamos ter no Novo, no meu plano de governo, tem projetado um gabinete que este gabinete vai ser um gestor junto com o prefeito, isso nós vamos ter três técnicos altamente capacitados que vão trabalhar em projetos exequíveis e vão dizer aonde está o dinheiro porque o dinheiro existe, isso eu te digo porque eu aprendi com o meu falecido pai que foi relator da subcomissão, foi sub relator da comissão de orçamento do congresso nacional e ele recebia emendas, mas emendas de governos então cabe antecipar ao prefeito, que quer que faça. O projeto Orla, por exemplo, é uma coisa que nós não falamos aqui ainda. A questão da contenção dos efeitos climáticos é uma coisa importante. Acho que não vai dar tempo, mas saibam que está projetado por nós aqui atividades e projetos e propostas para a gente resolver isso. Então, o cassino, por exemplo, precisa de infraestrutura de turismo. A base dos molhos. Os vagoneteiros estão ali, eles não têm um local sequer para fazer as suas necessidades fisiológicas. Dentro dos Molhes também não tem. Como isso? Como é que pode isso? Passou o tempo, meu amigo. Já está na hora de fazer um projeto decente para as bases dos moles e até para a cabeça dos moles, para que a gente possa desfrutar desse turismo e tem que vender o turismo no Cassino. É um balneário rico, é uma praia linda, uma praia inigualável. O balneário é muito agradável e a infraestrutura tem que melhorar. Nós temos que fazer um sistema de drenagem que funcione. O Cassino fica no inverno hoje, o Cassino deve ter 60 mil pessoas. 


Eu acho que a migração para lá é muito grande. Então, o cassino tem que ter um tratamento de um bairro de 60 mil pessoas, é quase uma cidade. Então, tem que ter uma estrutura de acordo, não é deixar o coitado secretário lá com meia dúzia de servidores e uma máquina que funciona de vez em quando, né? E querer que o cara consiga fazer tudo isso. Tem que ter estrutura.


Pergunta: 

Eu queria agradecer muito a tua presença aqui no Litorâneo, nesse Café com Zé especial, na noite de hoje, para a gente conversar um pouquinho sobre quem é o Renato, sobre as tuas propostas. o que te trouxe até aqui, esse momento, e dizer que a nossa câmera está aberta para ti agora, nesses 47 segundos que faltam, para tu te despedir e fazer as tuas considerações finais ao nosso telespectador.


Resposta: 

Vamos lá, eu quero agradecer novamente, quero dizer que pedir à comunidade que entenda que nós não estamos no horário eleitoral gratuito, porque é uma legislação feita pelos grandes partidos e que acabaram por prejudicar realmente que a gente consiga chegar onde o cidadão precisa, onde o cidadão quer. Como disse, eu sou um cidadão, sou um gestor, sou um empreendedor, e o meu objetivo aqui é trabalhar para que a cidade saia desse ciclo de dividir o agora sou eu, amanhã é tu, e fica A e B, B e A. Cada um dos dois dizendo que é hora de mudança, mas nenhum dos dois é mudança, a mudança somos nós.


Confira a entrevista na íntegra:

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