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Rio Grande,11/05/2025

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Marisa Martins

Liberdade é Coragem

Novembro 2023. 34 anos da queda do Muro de Berlim. Mundo esqueceu significado daquele ato de coragem por liberdade e paz.


Liberdade é Coragem

LIBERDADE É CORAGEM

Marisa Martins

aloha.marisah@gmail.com



Novembro 2023. 34 anos da queda do Muro de Berlim. Mundo esqueceu significado daquele ato de coragem por liberdade e paz.


Caminhava invisível pela Alexanderplatz, Berlim, Alemanha, em novembro de 2014 - 25 anos da queda do Muro de Berlim –  revivendo densos impactos que a cidade, agora reunificada, sempre me causaram.

De lugares palmilhados, Berlim é o mais marcante. Deixa rastros de história, superação de atrocidades, vitória sobre totalitarismos e intolerâncias.

Nem destroços do ataque à base naval de Pearl Harbour, no Havaí, pelos japoneses, na Segunda Guerra Mundial, ficaram tão gravados quanto aqueles de um muro que tentou destruir a liberdade, mesmo depois de já vencido o famigerado nazismo. 

Ideologias totalitárias foram enfrentadas, primeiro, pelos exércitos aliados, lutando contra Hitler e Mussolini. Depois, Mikhail Gorbachev, premier russo, promoveu Glasnost e Perestroika. Reestruturou a então União das Repúblicas Soviéticas (URSS), abriu a Cortina de Ferro, e induziu a queda do Muro de Berlim.

Assim, o símbolo da intolerância ideológica, que separou famílias e amigos, ruiu. Revisitando porões da Stasi, polícia nazista, e Check Point Charlie, onde museu expõe formas de fuga para o lado ocidental, aflora perplexidade. Tantos morreram e tantos conseguiram respirar liberdade, voando em balões, escondidos em carros camuflados, jogando-se de edifícios, nadando por rios.

Pergunta-se: - qual a força do povo germânico, que reconstruiu séculos em anos, transformou cinzas em verdes, e derrubou um muro que separava afetos e gerações?

Como conseguiu fazer da cidade dividida, grande abraço de liberdade?

Complexa resposta: mais do que entrar na grandiosidade do restaurado corpo de Berlim, há que se buscar a alma da capital alemã.

Só almas sofridas, machucadas por totalitarismos, entendem   real significado da democracia, direito de poder expressar pensamentos e sentimentos, direito de ir e de vir.

Entendem, sobretudo, o que é viver sem medo, pois entenderam que para ser livre é preciso ter coragem...


P.S.: Triste festa de 34 anos verá o portão de Brandemburgo neste novembro. Outros muros são erguidos. E a paz esquecida.


Foto: arquivo pessoal




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