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Rio Grande,01/11/2025

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André Vinícius dos Santos

O Professor do Presente

Um jovem que aprende a desenvolver um aplicativo, por exemplo, não está apenas adquirindo uma nova habilidade; ele está aprendendo a materializar ideias, a solucionar desafios e a pensar de forma inovadora.

O PROFESSOR DO PRESENTE

por André Vinícius dos Santos

A sala de aula moderna transcende suas paredes físicas. No universo da Tecnologia da Informação (TI), o professor não é somente um transmissor de conhecimento, mas um arquiteto de futuros, um agente de transformação que guia jovens em direção a um mercado de trabalho em constante evolução.

A citação "Às vezes, na vida, a melhor forma de celebrarmos esta arte de ensinar, é não permitir que limitem ou cerceiam o nosso método de ensino. Resistir a métodos tradicionais e arcaicos, também é ensinar..." ecoa com particular ressonância no campo da tecnologia. A TI é um campo de inovação contínua. Para preparar as novas gerações, a educação precisa ser igualmente dinâmica. A resistência a modelos de ensino engessados não é rebeldia, é uma necessidade pedagógica.

A tecnologia, muitas vezes vista como uma ferramenta, é, na verdade, um potente propulsor de conhecimento e mudança de vida. Ela democratiza o acesso à informação e a oportunidades. Para muitos jovens, especialmente aqueles de comunidades marginalizadas, a tecnologia pode ser a porta de entrada para um mundo de possibilidades. Um professor de Computação, ao ensinar Lógica de Programação, Análise de Dados ou Cibersegurança, não está apenas transmitindo um código. Ele está oferecendo uma nova linguagem, uma habilidade que pode transformar a vida de um estudante e de toda a sua família.

Essa transformação não se limita apenas ao aspecto financeiro. Ela também fomenta a criatividade, o pensamento crítico e a capacidade de resolver problemas complexos. Um jovem que aprende a desenvolver um aplicativo, por exemplo, não está apenas adquirindo uma nova habilidade; ele está aprendendo a materializar ideias, a solucionar desafios e a pensar de forma inovadora.

Ken Robinson, por exemplo, criticava o modelo escolar que "ensina as crianças a desaprenderem a criatividade", defendendo uma educação que nutra talentos e paixões individuais. Da mesma forma, Paulo Freire, um dos maiores educadores brasileiros, denunciava a "educação bancária" — onde o conhecimento é depositado passivamente no aluno — e defendia uma educação libertadora, na qual o estudante é um agente ativo na construção do próprio saber. Esses autores nos lembram que uma educação verdadeiramente transformadora não se limita a transmitir informações, mas sim a despertar o potencial humano, o pensamento crítico e a capacidade de aprender ao longo de toda a vida.

Apesar dos avanços na área da educação e da crescente demanda por habilidades do século XXI, ainda existem, lamentavelmente, escolas que parecem presas no passado. Esses centros de ensino, muitas vezes guiados por currículos e metodologias inadequadas, negligenciam o potencial da tecnologia e a importância do pensamento crítico, preferindo focar na memorização de conteúdo e na repetição mecânica. Em vez de preparar os alunos para um mundo dinâmico e interconectado, essas instituições perpetuam um modelo de educação passiva, onde a criatividade e a autonomia são suprimidas em favor de um sistema rígido e desatualizado. A consequência é a formação de profissionais despreparados para os desafios do mercado de trabalho e para a vida em sociedade, que exige inovação e adaptabilidade.

Novos modelos educacionais surgem como uma resposta a esses problemas. Ela enfatiza o desenvolvimento de habilidades socioemocionais, o aprendizado colaborativo e a personalização do ensino. Nesse modelo, o professor se torna um facilitador, um guia, que incentiva a autonomia, a criatividade e a capacidade de aprender a aprender. É um modelo onde a teoria se une à prática, onde o conhecimento é construído em conjunto e onde a inovação é valorizada.

Ser professor de tecnologia vai muito além da sala de aula. É estar presente na jornada de cada aluno, orientando, inspirando e, acima de tudo, mostrando que a tecnologia não é apenas um conjunto de ferramentas, mas um meio para construir um futuro mais promissor e equitativo. É uma profissão de impacto, que tem a capacidade de transformar a vida de um indivíduo e, por consequência, o futuro da nossa sociedade.



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