Seja bem-vindo
Rio Grande,04/11/2025

  • A +
  • A -
Publicidade

Marisa Martins

Lendas Argentinas

Lenda argentina conta que mulher da Província de San Juán continuou amamentando filho, mesmo depois de morta...


Lendas Argentinas

LENDAS ARGENTINAS

Marisa Martins

aloha.marisah@gamil.com


Lenda argentina conta que mulher da Província de San Juán continuou amamentando filho, mesmo depois de morta...


Dois mitos populares na Argentina são tidos como santos:  Gauchito Gil e Difunta Correa.

Gauchito Gil, lendário peão de estância, ajudava necessitados.   Nas Províncias de Corrientes e Misiones são mais intensas as manifestações de fé no Gauchito. 


Contam, ademais, que mulher da Província de San Juán foi morta e, mesmo assim, continuou amamentando filho recém-nascido. Pelas rodovias, veem-se lápides ou oratórios cercados, não de flores ou velas, mas de garrafas pet vazias. Garrafas simbolizam leite da Difunta Correa. Com elas, agradecimento por graças alcançadas.


De Bariloche, a sudoeste da Patagonia, ruma-se a Neuquén, capital da Província de Neuquén. São 400 km, com raros postos de abastecimento e, mesmo, raros vilarejos.


Retornando ao Brasil, de motorhome, transcorridos cerca de 150 km, ponteiro do marcador de combustível desce vertiginosamente, quase chegando a zero.


Acuda-nos, Difunta Correa, rezo, lembrando lenda, ao passar por lápide coberta de garrafinhas vazias. Jurei oferecer garrafa, se nos socorresse no problema de leitinho para veículo. 


Casualidade ou não, surge, à frente, na estrada deserta, vilarejo com abastecedora e mecânica. Meio-dia. Oficina fechada.  Profissional que nela trabalha surge milagrosamente.


O problema? Rompera mangueira deixando o motor sem alimentação de combustível. O precioso líquido vinha jorrando estrada afora, reduzindo, ainda mais, autonomia. 


Difunta acode mais uma vez: mecânico de beira de estrada tem mangueirinha certa. Também abastecimento próximo.


Depois de Neuquén, passa-se por Catriel, região petrolífera. Entra-se logo na Ruta Del Desierto, reta de 200 km de solidão. 


De quando em quando, locais de descanso, árvores irrigadas permanentemente com água de poços artesianos. Na entrada de um deles, garrafas junto a espécie de oratório avisa que lá está a venerada Difunta Correa.


Estaciona-se para cumprir promessa. Garrafa vazia é ofertada para leitinho do bebê. Viagem até chegada ao destino transcorre tranquila e feliz. 


Obrigada, Difunta Correa...


P.S.: Perdoem-me correntinos e misioneros. Creio mais na Difunta Correa do que em Gauchito Gil.


Fotos: arquivo pessoal




COMENTÁRIOS

LEIA TAMBÉM

Buscar

Alterar Local

Anuncie Aqui

Escolha abaixo onde deseja anunciar.

Efetue o Login

Recuperar Senha

Baixe o Nosso Aplicativo!

Tenha todas as novidades na palma da sua mão.