Azonasul elabora documento solicitando remessas de imunizantes contra a influenza para os municípios
Reunião também tratou da judicialização da Saúde, regulação de especialidades médicas e concessão da BR-392.

Na tarde da última segunda-feira, 21, os prefeitos dos 22 municípios que integram a Associação dos Municípios da Zona Sul (Azonasul) participaram da reunião ordinária da entidade, realizada durante a 31ª Feira Nacional do Doce (Fenadoce). Durante o encontro, os gestores decidiram elaborar um documento técnico que será encaminhado à Secretaria Estadual de Saúde (SES), solicitando o envio de novas remessas de vacinas contra a influenza. A medida foi motivada pela insuficiência de doses disponíveis atualmente, o que dificulta o alcance da meta de 90% de cobertura vacinal.
Além dessa demanda, outros assuntos ligados à área da saúde estiveram em pauta. Os prefeitos discutiram a crescente judicialização da Saúde e decidiram que cinco representantes da região visitarão órgãos do Judiciário para apresentar as principais demandas dos municípios. Foi definida ainda uma viagem a Porto Alegre, marcada para a quarta-feira, 23, com o objetivo de tratar da regulação dos atendimentos em traumatologia e cardiologia. O tema já havia sido abordado na penúltima reunião da associação.
A reunião também contou com a participação on-line de Paulo Ziulkoski, presidente da Confederação Nacional dos Municípios (CNM), que abordou a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 66/2023, relativa aos regimes próprios de previdência dos municípios. Além disso, outro ponto discutido foi o fim do contrato de concessão da BR-392, previsto para março de 2026. O diretor da concessionária Ecosul, Fabiano Medeiros, defendeu a prorrogação do contrato com uma tarifa reduzida até que seja realizada nova licitação.
Na oportunidade, dois prefeitos apoiaram a proposta, destacando benefícios proporcionados pela empresa em suas cidades. Em contraponto, o vice-prefeito do Rio Grande, Paulo Renato Mattos Gomes, criticou a ideia, citando os prejuízos ao Porto do Rio Grande e o valor elevado da tarifa, que não foi ajustado mesmo após inúmeras queixas da população e autoridades. O prefeito de Pelotas, Fernando Marroni, ressaltou que a responsabilidade pela questão é do governo federal, que a Azonasul não deve se envolver diretamente e afirmou que a Ecosul nunca trouxe vantagens reais à região.
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