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Desde o início da semana, diversas ruas do Rio Grande seguem registrando inundações, mesmo com o nível da Lagoa dos Patos estando abaixo da cota de inundação de 1,90 metros, com base no linígrafo localizado no cais do CCMar.

Embora o nível da Lagoa siga oscilando abaixo da cota do cais, o cenário preocupa os moradores das áreas ribeirinhas que estão sendo inundadas, pois sentem o medo de a água invadir novamente as residências, uma vez que já foram diretamente impactadas com a cheia do mês de maio.

O Litorâneo entrou em contato com o  professor do Instituto de Oceanografia da FURG, Glauber Gonçalves, para entender a situação. Segundo o pesquisador, mesmo após as chuvas, o nível do Estuário segue alto, pois a Lagoa ainda está recebendo a água das últimas inundações da região central do Estado. Logo, as oscilações estão ocorrendo por este motivo.

Ainda, Glauber explica que os terrenos mais baixos do município possuem níveis que variam entre 1,38 a 1,40 metros. Neste sentido, mesmo que a Lagoa dos Patos não esteja acima do cais do CCMar, ruas com terrenos onde a elevação é mais baixa podem seguir registrando inundações.

“Em Rio Grande, os pontos mais baixos na orla da cidade, que começam a colocar água para dentro, eles vão estar ali em torno de 1,40 metros, com essa elevação já vai estar começando a colocar água ali no entorno da Marechal Deodoro, na Caramuru, Cristóvão Colombo. Então, assim, esse 1,90 metros foi uma referência para o nosso linígrafo da FURG no CCMar, quando a água ultrapassar a medida de 1,38, tu já tens água na cidade, porque tem pontos na cidade que estão 50 centímetros abaixo da cota do cais do CCMar”, explica Glauber.

Nesta quinta-feira, 4, o  Comitê de Eventos Extremos da FURG divulgou um novo boletim com projeções válidas até o próximo sábado, 6. A previsão é que inundações sigam sendo registradas em terrenos onde a elevação é mais baixa, pois o nível da Lagoa deve oscilar em torno de 1,85 metros.

Confira o boletim na íntegra: