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Rio Grande,28/08/2025

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Ique de la Rocha

A concessão do pedágio está por encerrar

Chegou a hora de nossas lideranças mostrarem se tem alguma força.


A concessão do pedágio está por encerrar

A concessão do pedágio está por encerrar.

Chegou a hora de nossas lideranças mostrarem se tem alguma força.      

 

Força e prestígio. É isso que as forças vivas do Rio Grande (Executivo, Legislativo, entidades empresariais...) precisarão mostrar que ainda possuem, porque está chegando o grande momento de pormos fim à velha polêmica dos pedágios, que há anos suga o bolso dos motoristas que transitam pelas estradas da região e tornam o custo Rio Grande ainda mais caro, especialmente na área portuária. O elevado valor do pedágio e as inúmeras praças de cobrança no trajeto daqui até Porto Alegre contribuíram para tirar a competitividade de nosso porto e, consequência disso, é o escoamento de parte da produção gaúcha pelos portos catarinenses e o surgimento de um porto concorrente ao nosso em Arroio do Sal (Litoral Norte do Estado) por iniciativa de empresários da região da Serra.

Curioso é que aqui no Rio Grande assistimos a políticos esbravejando contra o pedágio em véspera de eleições, prometendo lutar em Brasília. Agora, que está por ser renovada a concessão, não se ouve “barulho” a respeito. Isto é um mal indicativo. Normalmente quando o silêncio é grande pode ser sinal de que esteja acontecendo um entendimento entre as partes e que no final das contas, mais uma vez, a renovação da concessão acontecerá, mantendo os preços mais elevados do Brasil, segundo dizem. Há pouco o Governo do Estado antecipou-se para renovar a concessão do porto do Rio Grande com a União (venceria em 2023, mas o Estado antecipou) sem debate algum, quando o mais interessante para nós seria a municipalização do porto, ficando livres da tutela do Governo do Estado, talvez o principal culpado por estar surgindo um porto concorrente ao não atender os anseios dos usuários, que criticam, além do pedágio, os altos custos do porto local.

 

Nada mudou

Quando eu editava o jornal “Sul RS”, na edição de julho/agosto de 2019, coloquei em destaque na capa que o deputado estadual Fábio Branco (MDB) e o federal  Marcel Van Hattem (Novo) teriam conseguido aprovação, na Câmara dos Deputados, de uma Proposta de Fiscalização e Controle, cuja auditoria nos contratos de pedágio no Polo Pelotas seria feita pelo Tribunal de Contas da União (TCU). Na época foi observado que “os preços do pedágio no Polo Pelotas são consideravelmente superiores aos cobrados em outras concessões no estado e no país. Por isso, a necessidade de uma análise mais apurada do contrato, com a realização da auditoria”.

Não ficamos sabendo se o TCU fez o seu trabalho ou qual o resultado. A verdade é que os valores do pedágio continuam elevados, mesmo sendo o governador aqui da região.

 

ANTT vem ouvir a região... em Pelotas

Ao menos o excelente jornalista José Ricardo Castro, da não menos qualificada coluna “Espeto Corrido”, do Diário Popular de Pelotas, informa que dia 7 de dezembro o diretor geral da Agência Nacional de Transporte Terrestre (ANTT), Rafael Vitale Rodrigues, estará em Pelotas quando, às 19h, no auditório do Sicredi, ouvirá as demandas da Zona Sul sobre o novo modelo de pedágios para o Polo Pelotas, cujo contrato com a Ecosul expira em janeiro de 2026 e a futura concessão terá validade por mais 30 anos. Ou seja, se não nos movimentarmos para que os valores sejam mais suportáveis, como em outras praças e principalmente em outros estados, não vai adiantar reclamar depois. Pelo menos nos próximos 30 anos.

Mas, como por aqui tudo é devagar, não duvidem que em 2056 o pessoal acorde. Pode ser que até lá as “forças vivas” da cidade tenham conseguido se renovar ou já tenham iniciado a terceira fase do Calçadão, que contempla um novo piso entre a Duque de Caxias e General Netto, tornando mais bonito o Largo Dr. Pio, frente à Catedral... Quem sabe!         

 

Perguntar não ofende

As forças vivas vão lutar para termos pedágio mais barato e defender os interesses dos rio-grandinos?

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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