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Rio Grande,05/09/2025

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André Vinícius dos Santos

O Impacto da Taxação de Trump e o Papel das Big Techs

Se por um lado, o crescimento dessas gigantes da tecnologia, como Google, Meta (Facebook), e Amazon, é um símbolo da globalização, por outro, suas operações e a estrutura de seus negócios se tornam um ponto de fricção nas disputas comerciais.

A política externa dos Estados Unidos, sob a gestão do presidente Donald Trump, tem gerado ondas de incerteza e redefinido as relações comerciais em todo o mundo. A recente decisão de impor tarifas sobre produtos de países como o Brasil, motivada pela defesa do "America First", não é apenas uma manobra econômica, mas um reflexo de uma nova ordem global onde o protecionismo e a soberania nacional são as palavras de ordem.

Neste cenário de tensões comerciais, as Big Techs emergem como um ator central, mas de forma ambivalente. Se por um lado, o crescimento dessas gigantes da tecnologia, como Google, Meta (Facebook), e Amazon, é um símbolo da globalização, por outro, suas operações e a estrutura de seus negócios se tornam um ponto de fricção nas disputas comerciais.

As tarifas de Trump, que visam equilibrar a balança comercial e proteger indústrias domésticas, impactam diretamente a economia brasileira, encarecendo exportações e pressionando setores como o agronegócio e a indústria. Contudo, a relação das Big Techs com essa política é complexa. Elas operam em um ecossistema digital que, por sua natureza, transcende fronteiras físicas, o que as coloca fora do alcance de muitas das tarifas tradicionais sobre bens tangíveis.

No entanto, essa imunidade não é completa. A política de Trump tem levantado discussões sobre a tributação de serviços digitais, algo que tem sido uma pauta global, mas que ganha força com a retórica protecionista. A ideia de que as Big Techs paguem uma taxa mínima de imposto sobre seus lucros globais, como proposto por acordos internacionais, é um ponto de pressão. A postura protecionista do governo americano pode tanto acelerar quanto dificultar a implementação de um imposto digital global.

Para o Brasil, a questão é delicada. Enquanto o país busca manter suas exportações competitivas, a dependência crescente da infraestrutura digital e dos serviços oferecidos por essas empresas americanas cria uma vulnerabilidade. A economia digital, impulsionada pelas Big Techs, é um componente vital do comércio moderno, e qualquer atrito nessa relação pode ter sérias consequências.




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