Publicidade

O Brasil iniciou, em 2025, o primeiro Estudo Nacional de Saúde Mental nas Universidades (Enasam-U), que busca mapear os principais desafios enfrentados por estudantes e servidores de 50 instituições públicas de todo o país. Neste mês, a pesquisa chega à região sul, incluindo a Universidade Federal do Rio Grande (FURG), e pretende alcançar voluntários entre 18 e 75 anos.

Com o lema “Por uma comunidade acadêmica saudável”, o levantamento pretende compreender os impactos da vida universitária sobre a saúde mental e orientar a criação de políticas públicas mais eficazes. Para isso, a investigação será feita em duas etapas: aplicação de um questionário online enviado a participantes selecionados por sorteio e, em seguida, entrevistas diagnósticas por telessaúde.

Na coordenação nacional está o pró-reitor de pesquisa da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), Flávio Kapczinski, que destaca a importância da iniciativa. “Conhecer esse cenário nos permitirá ter um panorama representativo da realidade brasileira, o que certamente apoiará no redirecionamento de políticas públicas no campo da Saúde Mental, em âmbito regional e nacional”, afirma. Na FURG, a coordenação local está a cargo do professor Lauro Demenech, do curso de Psicologia.

O projeto é apoiado pelo CNPq e coordenado por pesquisadores da UFRGS e da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). No sul, dez universidades participam do estudo, entre elas UFSC, UTFPR, UFPR, UFSM, UEPG, UEM, Unespar e Unioeste, além da FURG e da própria UFRGS.

Com expectativa de envolver mais de 15 mil voluntários, a pesquisa assegura confidencialidade e segue rigorosos critérios éticos. Para garantir sua abrangência nacional, foi criada a Rede Nacional de Saúde Mental (Renasam), lançada em 2024, que reúne 50 pesquisadores de todas as regiões brasileiras.

Além do Enasam-U, a Rede prepara outro levantamento de grande porte: o Enasam, primeiro estudo voltado a avaliar a frequência de diagnósticos de saúde mental em todo o território nacional. A iniciativa prevê a realização de oito mil entrevistas domiciliares de triagem e, posteriormente, entrevistas online síncronas com parte dos participantes.