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A duplicação da BR-116 entre Pelotas e Guaíba completa 13 anos nesta quarta-feira, 20, com 86% do trecho concluído, mas ainda sem previsão de término total antes de 2026. Iniciadas em agosto de 2012, as obras já entregaram 180 quilômetros dos 211 previstos, restando 31 quilômetros distribuídos em diferentes pontos da rodovia.

Segundo o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), entre os avanços recentes estão a entrega do viaduto no acesso a São Lourenço do Sul e frentes de trabalho em andamento entre Camaquã e Cristal. A expectativa é liberar mais cinco quilômetros até o início de 2026, incluindo a ponte sobre o rio Camaquã, mas a conclusão integral segue projetada apenas para o fim de 2026, quando a obra completará 14 anos.

Conforme A Hora do Sul apurou: o presidente da Associação Comercial de Pelotas (ACP), Fabrício Cagol, afirma que a duplicação trouxe melhorias, mas ainda impõe desafios à economia da região. “São 13 anos e, infelizmente, a obra não está concluída. Isso é um gargalo que traz prejuízos para todo o setor econômico e empresarial da região”, critica. Apesar disso, ele reconhece que os trechos já entregues aumentaram a segurança e fluidez no tráfego.

Já o presidente da Aliança Pelotas, Jorge Almeida, considera o prazo “muito longo para uma estrada plana e sem grandes obras”, avaliando que a demora resultou em elevação dos custos de fretes, somados ao pedágio, além de reduzir a atratividade de investimentos e a competitividade da Zona Sul frente a outros portos.

O vice-presidente de infraestrutura da Federasul, Antonio Carlos Bacchieri, destaca a mobilização de entidades empresariais como fator decisivo para o avanço da duplicação, especialmente após paralisações. “Foi uma luta. Graças a Deus está chegando ao fim. A gente fica muito feliz quando vê que, mesmo com esse tempo todo, a estrada está se complementando”, afirmou.

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