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Rio Grande,12/06/2025

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Presença de doulas no HU-Furg fortalece o acolhimento às gestantes

Iniciativa promove apoio emocional e físico às gestantes no Centro Obstétrico e Maternidade, em parceria com profissionais do SUS


Presença de doulas no HU-Furg fortalece o acolhimento às gestantes Foto: divulgação
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O Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), conta com doulas em seu Centro Obstétrico e Maternidade desde novembro de 2022. A ação está alinhada à Política de Humanização ao Parto e Nascimento e à Lei Municipal nº 8.286/2018, que garante a presença das doulas durante o pré-parto, parto e pós-parto, além das consultas pré-natais, caso solicitado pela gestante.


As doulas desempenham um papel importante ao proporcionar suporte físico e emocional às mulheres, sem substituir os profissionais técnicos da equipe de saúde. Reconhecidas pela Classificação Brasileira de Ocupações (CBO), elas atuam como parte das estratégias de humanização do parto, promovendo uma experiência mais acolhedora e respeitosa para as gestantes atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS).


Segundo a representante da Associação de Doulas do Rio Grande do Sul (Adosul), Gabrielle Araújo, “O papel da doula durante o parto é aplicar técnicas de alívio da dor, orientar a gestante e o acompanhante sobre o que esperar do trabalho de parto e contribuir para que a experiência seja a mais positiva possível”. Ela ressalta que “As doulas voluntárias são bem recebidas por toda a equipe e se integram à rede de cuidado oferecida pelo HU-Furg, proporcionando uma melhora na experiência de parto e auxiliando no entendimento das gestantes e acompanhantes sobre o trabalho de parto”.


Como funciona o trabalho das doulas?


“Ser doula, na prática, é acompanhar a gestante durante a gravidez: realizando a educação perinatal, levando o maior número de informações com qualidade, provenientes de fontes seguras e até mesmo de experiências já vividas, amparando-a em todo o seu pré-natal. Além disso, acompanhamos também no parto e no pós-parto, em que esclarecemos as suas dúvidas sobre o puerpério, noções sobre amamentação e tantas outras demandas que surgirem”, compartilhou a técnica de Enfermagem no Centro Obstétrico do HU-Furg, Karine Corrêa, doula voluntária desde setembro de 2023.


Atualmente, cerca de seis doulas voluntárias realizam plantões no HU-Furg, em turnos organizados conforme a disponibilidade individual. A atuação começou com doulas formadas em outras instituições, sendo ampliada com o Curso de Doulas Comunitárias, promovido pela Escola de Enfermagem/Furg, Adosul e HU-Furg. Durante o curso, as doulas estagiárias trabalharam sob supervisão, fortalecendo a formação prática.


As doulas atendem gestantes, parturientes e puérperas que chegam ao Hospital ou já estão internadas. O acompanhamento é oferecido gratuitamente e é opcional, sendo realizado somente para quem expressar interesse. “O trabalho das doulas voluntárias é realizado gratuitamente pelas profissionais, que são autônomas e cadastradas pelo HU-Furg”, pontua Gabrielle.


Karine compartilha sua motivação: “O curso foi ofertado gratuitamente pela Furg e atuar como doula é uma forma de devolver à sociedade o conhecimento adquirido”. Ela destaca que muitas gestantes chegam ao Hospital com poucas informações sobre o processo de parto e que o trabalho da doula é importante para orientá-las.


Impacto na experiência das gestantes e famílias


Karine também explica como as doulas acolhem as gestantes: “Utilizamos métodos não farmacológicos para alívio da dor, oferecemos suporte emocional e promovemos um ambiente seguro e acolhedor”. Ela reforça que o trabalho da doula complementa o da equipe técnica: “Estamos ali para contribuir para a evolução do parto e promover o protagonismo da mulher”.


O impacto positivo do serviço é perceptível. “As gestantes acompanhadas por doulas chegam mais preparadas para o processo fisiológico e psicológico do parto, facilitando o entendimento da dor e melhora os resultados”, afirma Karine. As famílias também se beneficiam, por ficarem menos ansiosas durante o processo.


Apesar dos avanços, Karine destaca que ainda há desafios: “A doula não é reconhecida como uma profissão regulamentada, limitando nossa atuação em tempo integral nos hospitais”. Mesmo assim, ela acredita na importância do trabalho voluntário: “Que mais mulheres venham fazer parte da doulagem, para podermos seguir sendo apoio umas das outras”.

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