HU-Furg compartilha vivências e amplia conhecimentos no Congresso sobre Catástrofes Climáticas
Profissionais estiveram em Santa Maria para discutir os impactos das inundações de 2024 e a resposta do SUS

De 29 a 31 de maio de 2025, profissionais do Hospital Universitário Dr. Miguel Riet Corrêa Jr., da Universidade Federal do Rio Grande (HU-Furg), vinculado à Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), participaram do Congresso Brasileiro sobre Catástrofes Climáticas (ConBrasCC).. O evento foi realizado na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), com organização da Ebserh, da UFSM e do Hospital Universitário de Santa Maria (HUSM-UFSM).
O Congresso reuniu profissionais da saúde, gestores, pesquisadores e especialistas para discutir os impactos das enchentes de 2024 no Rio Grande do Sul e as estratégias de resposta do Sistema Único de Saúde (SUS). Segundo o gerente de Atenção à Saúde do HU-Furg, Fábio Lopes, "A participação no ConBrasCC foi fundamental para revisitar e reavaliar as experiências das enchentes de 2024. Também nos permitiu planejar melhorias para eventos futuros, pois desastres como esses certamente ocorrerão novamente".
O gestor participou da mesa "Relatos de Experiência: Vivências compartilhadas dos hospitais RS da Rede Ebserh sobre a gestão de crise decorrente das enchentes de 2024". Ele compartilhou a atuação do HU-Furg quando foi necessário suspender atendimentos e transferir pacientes devido ao avanço das águas da Lagoa dos Patos. Também detalhou como foi articulado o plano de contingência para proteger as estruturas e garantir a continuidade da assistência, mobilizando equipes e serviços essenciais para locais seguros.
Pesquisa e conhecimento para fortalecer a resposta em saúde
No ConBrasCC foram apresentados 124 trabalhos acadêmicos que abordaram os impactos das enchentes de 2024. As pesquisas e relatos de experiência destacaram riscos à saúde, estratégias de cuidado, intervenções interdisciplinares e ações de resgate e acolhimento. Os estudos reforçaram a importância de respostas integradas e de longo prazo para as populações vulneráveis, além de evidenciarem o papel da ciência e da articulação entre áreas como saúde, psicologia, educação e comunicação em contextos de crise.
Os profissionais do HU-Furg participaram com os trabalhos:
- "Atuação do enfermeiro na regulação de pacientes durante as enchentes de 2024: experiência do HU-Furg", dos profissionais Matheus Souza Silva, Priscila Marques Cadaval, Cíntia de Souza Santana, Gabriela Silva Miranda Rosa, Fernando Braga dos Santos, Geovane Mendes Farias e Sibele Ezequiel da Silveira.
- "Experiência do NIR HU-Furg/Ebserh na regulação de pacientes durante a crise das enchentes de 2024", dos mesmos autores acima.
- "Organização e retomada das atividades no HU-Furg após desocupação em 2024: estratégias e resultados", dos mesmos autores acima.
- "Atuação voluntária em Enfermagem: cuidado integral e humanizado no projeto SOS enchentes Furg", de Simone Quadros Alvarez, Matheus Souza Silva, Aline Maia Roman e Henrique Souza Vidal.
- "Comunicação no contexto da catástrofe climática no RS: experiência dos hospitais da Rede Ebserh", dos profissionais Alan da Silva Bastos, Andreia Pires, Clarice Faller Becker, Mariana Loureiro Duarte, Mariângela Recchia dos Santos e Rafael Tadashi Abe de Lima.
Oficinas para qualificação e sensibilização
O Congresso ofereceu 11 minicursos para aprofundamento dos participantes. A jornalista do HU-Furg, Andreia Pires, que integrou a equipe de cobertura do evento pela Ebserh, atuou como mediadora do minicurso "Mídia e saúde na abordagem dos afetados por desastres climáticos", conduzido pela docente da UFSM, Márcia Amaral. "O minicurso foi dinâmico e trouxe reflexões sobre a cobertura jornalística em situações de desastre. Diante da dor e da vulnerabilidade de tantas vidas afetadas, o jornalismo precisa atuar com sensibilidade e responsabilidade. Informar é fundamental, mas o que e como comunicar faz toda a diferença. O desafio é dar visibilidade sem transformar o sofrimento em espetáculo".
Por fim, Fernanda Carla Berti, assistente administrativo do HU-Furg, comentou que o evento é um marco histórico, pois produz conhecimento e incentiva a ação em prol do meio ambiente; "Um evento impecável que visa colaborar com a melhoria contínua e mitigatória para desastres na região Sul se estendendo para todo país em relação a futuros desastres ambientais. Uma produção de conhecimento e medidas protetivas para a sociedade, sistema de saúde e meio ambiente. Nos vemos em 2027!", conclui.
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