Rio Grande firma pacote de ações ambientais com foco em sustentabilidade e enfrentamento das mudanças climáticas
Prefeita Darlene Pereira assinou compromissos que fortalecem políticas públicas voltadas à preservação ambiental e à adaptação climática

A Prefeitura do Rio Grande anunciou, na manhã da última quarta-feira, 04, um conjunto de medidas estratégicas voltadas à sustentabilidade e ao combate às mudanças climáticas. Em cerimônia realizada nas dependências do Centro de Convívio Meninos do Mar (CCMar), a prefeita Darlene Pereira formalizou a adesão do município à Carta Compromisso dos Municípios pelos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), reestruturou o Comitê Municipal de Mudanças Climáticas (CMMC) e encaminhou à Câmara de Vereadores um Projeto de Lei que propõe a criação da Rede de Parques do Município (RPM).
Dessa forma, as ações integram a programação do “Junho de Debate e Ação Ambiental”, promovida pelo Executivo. O evento contou com a presença de autoridades locais, pesquisadores, representantes da sociedade civil e agentes ambientais.
Ao assinar a Carta Compromisso, Rio Grande oficializa sua adesão à Agenda 2030 da Organização das Nações Unidas (ONU). Assim, a iniciativa prevê a criação de uma Comissão Municipal dos ODS, elaboração de diagnóstico sobre o desenvolvimento sustentável no município e definição de metas locais. Assim, servidores também receberão capacitação técnica para incorporar os princípios da sustentabilidade à gestão pública.
Além disso, o segundo documento assinado foi a minuta do novo decreto que reestrutura o Comitê Municipal de Mudanças Climáticas, que passará a coordenar as políticas locais de mitigação e adaptação climática, como a criação do Plano Municipal de Mudanças Climáticas. Portanto, o novo formato amplia a participação de setores produtivos, universidades, associações comunitárias e órgãos públicos.
Para o secretário municipal do Meio Ambiente, Antônio Soler, a reformulação representa um avanço democrático, afirmando que ela trará “mais transparência, democracia e legitimidade” à formulação de políticas ambientais.
Marismas: barreiras naturais contra mudanças climáticas
Logo, a programação incluiu uma apresentação da professora Margareth Copertino, da FURG, sobre a importância dos marismas, áreas úmidas costeiras, para o equilíbrio ambiental. Segundo ela, 90% dos ecossistemas do Rio Grande do Sul estão localizados em Rio Grande e exercem papel fundamental na retenção de carbono e na proteção contra eventos climáticos extremos.
“Quando um marisma é destruído, ele deixa de ser um sumidouro de carbono e passa a emitir gases de efeito estufa. É essencial conservar essas áreas não só por sua importância ambiental, mas também pelo potencial de gerar benefícios econômicos e sociais para a comunidade local”, destacou a pesquisadora.
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