GAECO/MPRS oferece novas denúncias contra um ex-diretor da PERG
Além do ex-diretor, quatro apenados também tiveram novas denúncias oferecidas.
O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio Grande do Sul (GAECO/MPRS) ofereceu novas denúncias contra um ex-diretor da Penitenciária Estadual do Rio Grande (Perg) e também contra quatro apenados por corrupção ativa e passiva, por ingresso de telefones e acessórios no interior da casa prisional, além de lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Os cinco foram alvo da Operação Perg 2, realizada em julho do ano passado, e as cinco novas denúncias foram encaminhadas ao Poder Judiciário entre janeiro e fevereiro deste ano.
De acordo com o promotor de Justiça Rogério Meirelles Caldas, coordenador do GAECO Sul, os crimes foram praticados entre maio de 2021 e fevereiro de 2023. Neste período, o ex-diretor, conforme a denúncia, recebeu mais de R$ 458 mil para permitir o ingresso de materiais ilícitos na penitenciária, e os apenados investigados lucraram quase R$ 4 milhões com o tráfico de drogas dentro do estabelecimento prisional.
“Na análise dos materiais apreendidos, foi possível verificar que o ex-diretor fez uma intensa movimentação financeira para a organização criminosa da qual ele pertencia, introduzindo para dentro do presídio expressa quantidade de drogas, como maconha e cocaína, bem como 48 telefones. Os valores foram comprovados por meio de extratos de contas bancárias e também comprovantes de PIX. Também confirmamos que o chefe de organização criminosa tinha estreito relacionamento com o ex-diretor, pois os mesmos se falavam por chamadas de vídeo feitas de dentro da penitenciária”, explica o promotor Rogério Meirelles Caldas.
OPERAÇÃO PERG 2
O GAECO/MPRS desencadeou a Operação PERG 2 no dia 5 de julho de 2023 e foi uma continuidade da Operação PERG realizada dia 5 de dezembro de 2022. O alvo foi uma organização criminosa sediada em Rio Grande, voltada ao cometimento dos crimes de corrupção ativa e passiva, lavagem de dinheiro e tráfico de drogas. Os investigados – entre eles dois policiais penais – também levavam celulares, drogas e dinheiro para dentro da casa prisional. Um dos policiais penais era justamente o ex-diretor da Perg. Na ocasião, na Operação Perg 2, ele foi preso preventivamente junto com o outro servidor público. O grupo é um braço da facção que dominava o comércio de botijões de gás em Rio Grande.
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