Policiais manifestam contra decisão da Juíza da 1° Vara da Comarca do Rio Grande
Protesto ocorreu em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento - DPPA. Na manhã desta quarta-feira, 28, uma reunião no Ministério Público tratou sobre a decisão de soltura do réu.

Na tarde desta quarta-feira, 28, policiais manifestaram em frente à Delegacia de Polícia de Pronto Atendimento, contra a sentença da juíza de direito Paula Cardoso Esteves, da 1ª Vara Criminal da Comarca do Rio Grande.
A decisão da magistrada revogou a prisão do homem que atirou nos policiais em abril de 2022, durante o cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, no bairro Querência.
Na ocasião, a polícial Laline Almeida Larratéa, lotada na 3ª DP, ficou gravemente ferida.
Apesar da revogação, o indivíduo segue preso por outros crimes cometidos.
O Ministério Público do Rio Grande do SUL (MPRS) realizou uma reunião, na manhã desta quarta-feira, 28, com a direção do Sindicato dos Escrivães, Inspetores e Investigadores do Rio Grande do Sul (Ugeirm) para tratar sobre a decisão da Justiça pela soltura do réu. Na ocasião, o subprocurador-geral de Justiça para Assuntos Institucionais, Luciano Vaccaro, disse aos representantes da entidade que, ao receber a notícia da decisão judicial, o primeiro foi de consternação. “A dor dos policiais é a nossa dor. Na nossa compreensão é, sim, uma tentativa de homicídio, um crime gravíssimo. Por isso, fizemos questão de vir aqui hoje. O assunto mobilizou a todos e prontamente lançamos uma nota institucional de apoio. Entendemos ser um fato grave e discordamos, embora respeitamos, a decisão da juíza”, comentou.
O coordenador do Centro de Apoio Operacional do Júri, Marcelo Tubino, falou que casos põem em risco todo o sistema de repressão e combate ao crime. “Sabemos que essa decisão não vai fazer com que os policiais deixem de trabalhar, mas coloca eles em um risco muito maior”.
O promotor Marcelo Fischer, 1º promotor de Justiça Criminal do Rio Grande, agradeceu a união dos promotores de Justiça pela sua manifestação em vídeo sobre o caso. “Essa rede de apoio é fundamental. Foi um trabalho em conjunto, inclusive com a elaboração do recurso. E esperamos reverter a decisão”, ressaltou.
Em sua fala, o presidente da Ugeirm, Isaac Ortiz, ressaltou: “A instituição tem o maior respeito pelo Judiciário. As manifestações que estamos fazendo são contra uma decisão judicial. Nossa intenção não é retalhar o Poder Judiciário".
Também estiveram presentes os promotores Marcelo Nahuys Thormann, diretor das Promotorias de Justiça do Rio Grande; Rudimar Tonini Soares, representando a Associação do Ministério Público (AMP) ; Valdirene Sanches Medeiros Jacobs, além do diretor do Departamento de Polícia do Interior, Anderson Spier e a delegada Regional da Polícia Civil, Lígia Furlanetto.
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