Nerino Dionello Piotto
Desenvolvimento e Educação
Nem tudo são espinhos!
DESENVOLVIMENTO E EDUCAÇÃO
NEM TUDO SÃO ESPINHOS!
Nerino Dionello Piotto
O ensino médio técnico é recomendado em face das deficiências do ensino médio praticado no Brasil.
Está em pauta, no Congresso, em Brasília, uma nova reformulação do ensino médio.
A situação no Brasil é assustadora: há milhões de jovens “nem-nem” , que não estudam e nem trabalham. Segundo dados do IPEA ( Instituto de Pesquisas Econômicas e Aplicadas ) já temos mais de 11 milhões de jovens nessa situação, entre os 48 milhões com idade entre 15 a 29 anos. Certamente conheces algum “nem-nem”.
Não adianta querer inventar a roda em educação. O Ensino médio técnico, segundo o IPEA, tem o potencial de aumentar em até 80% as matrículas, passando dos atuais 1,9 parta 3,4 milhões. E...surpresa boa, há bons exemplos, no Brasil, com baitas resultados comprovados.
Os estudantes do ensino médio técnico do Estado de São Paulo, contrastando com a condição dos demais estados, tiraram excelentes notas no Programa Internacional de Avaliação de Estudantes, o famoso PISA, que é o mais importante programa de avaliação educacional do planeta, conduzido pela ORGANIZAÇAO PARA O DESENVOLVIMENTO ECONOMICO ( OCDE ).
SURPREENDENTE. A Notícia foi veiculada em artigo na folha de São Paulo, de 15/1/24.
A média dos alunos das escolas técnicas paulistas em leitura, no PISA, é de 515, maior que a média dos países da OCDE – os mais ricos – que foi 476. E a do Brasil, 410.
Não só : três superaram a média de CINGAPURA, MELHOR COLOCADO NO MUNDO.
Na avaliação de matemática alcançaram a média de 472 pontos, igual a de países da OCDE. E a média do Brasil foi de 403 pontos.
Qual o segredo? A pedagogia paulista valoriza metodologias ativas e contextualiza os conteúdos por meio de projetos para situações reais e foca em competências socioemocionais que formam profissionais e cidadãos.
Já tivemos em Rio Grande, na Escola Técnica Getúlio Vargas e no antigo Colégio Técnico Industrial ( CTI , atual IFE, Instituto Federal de Educação ) que praticavam o método com resultados soberbos, haja vista a enorme gama de ex-alunos que se destacam, como profissionais e cidadãos, no Brasil e mesmo fora. Hoje só temos, em Rio Grande, o IFE. Ao invés de inventar a roda, porque não expandir o que é bom?
Pensem nisso!
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