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Rio Grande,23/08/2025

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Marisa Martins

Banalização da Violência (Ou, desvalorização da VIDA)

Tempos sombrios. Violência é banal, comum. Faz parte. Desvalorização da vida. Haverá luz no fim do túnel?


Banalização da Violência (Ou, desvalorização da VIDA)

BANALIZAÇÃO DA VIOLÊNCIA

(Ou, desvalorização da VIDA)


Marisa Martins

aloha.marisah@gmail.com


Tempos sombrios. Violência é banal, comum. Faz parte. Desvalorização da vida. Haverá luz no fim do túnel?


Ele era rico, branco, universitário. Matou três. Em um cinema. No Brasil. Choque. Surpresa. Ele era pobre, negro, analfabeto. Matou oito. Em um bar de favela. No Brasil. Banal. Comum. 


Os dois, viciados em drogas. Banal. Comum. Os dois viciados em violência. Banal. Comum.


A não ser choque e surpresa pelo fato de um rico, branco, universitário, matar três em um cinema de shopping, outras variáveis levam à perversa realidade da banalização da violência. Em consequência, à desvalorização da vida.


Já trocamos de canal, em rebeliões em presídios; o “caso Titica”, agora relembrado, quando quatro casais foram atacados, com sete mortos, na praia do Cassino, caíra no esquecimento. 


Cenas violentas em filmes, novelas, jogos eletrônicos, ensinando a matar; armas de brinquedo, como presentes às crianças, ensinando a matar; mídia, com manchetes a crimes hediondos, sem análises aprofundadas. Banalizando a violência. Desvalorizando a vida.


É fácil culpar drogas, venda fácil de armas, miséria, capitalismo, socialismo, ismos, ismos, sociedade, família, big techs, Bets, distribuição injusta de renda, e mais... Afinal, violência é banal. Comum. Faz parte. Chega a ser patética a indiferença pelas agressões ao direito à tranquilidade, à paz, à harmonia. 

Difícil, quase impossível, é banalizar, tornar comum, rotineiro, o mandamento Amai-vos uns aos outros. Introjetar valores positivos.  Voltar-se ao Bem interior que, ricos ou miseráveis, universitários ou analfabetos, de quaisquer raças, todos o carregam.


Difícil, quase impossível, é conversar com filhos, amigos, sobre valores, a escola ensinar valores, a mídia voltar-se para valores. Falar em gratidão, compaixão, compreensão. Solidariedade, empatia, retidão de caráter. 


Difícil, quase impossível, é buscar valorização da vida, e lutar contra a coisificação. Afinal, é tão mais fácil, banal, culpar ao outro ou a algo. 

Até que violência nos atinja ou atinja aos nossos afetos...


PS – Tornemos comum, rotineiro, o amor. Resumo de todos os valores.


Foto: Arquivo pessoal






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