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Rio Grande,05/05/2024

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Café com Z recebe presidente da APROFURG, Marcia Umpierre

Durante a entrevista, a presidente da APROFURG - Seção Sindical do ANDES-SN , Marcia Umpierre, esclareceu questões acerca da greve dos docentes da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS).


Café com Z recebe presidente da APROFURG, Marcia Umpierre



Nesta quinta-feira, 25, o programa Café com Z, em O Litorâneo, recebeu a presidente da APROFURG -  Seção Sindical do ANDES-SN e integrante do Comando Local de Greve (CLG) e Comando Nacional de Greve (CNG) , Marcia Umpierre.


Na ocasião, Marcia esclareceu questões acerca da greve dos docentes da Universidade Federal do Rio Grande (FURG) e do Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS). A paralisação foi deflagrada no dia 08 de abril por tempo indeterminado. A presidente da APROFURG explica que a paralisação foi motivada pelos cortes orçamentários que as universidades vêm sofrendo desde a Emenda Constitucional 95/2016.


“Desde 2016 a  gente começa uma caminhada já entendendo que estava difícil a situação. Em 2019, em janeiro de 2020, nós saímos do Congresso do ANDES - Sindicato Nacional, com a construção de uma greve da educação. E aí a gente se depara com uma pandemia muito dura, que perdemos muitas pessoas queridas, e a gente segura porque entende que não é o momento, em 2022 estamos recém começando a retomada do presencial. Em 2023 então, tem uma troca de governo, que sinaliza que é o momento da gente esperar para ver o que esse governo vai nos trazer. A partir disso, conseguimos estabelecer um processo que a gente chama de.mesa nacional de negociação permanente para com o governo, só que essa mesa não avança no debate, ela sempre fica para a próxima reunião, para a próxima reunião e aí em final de 2023 a gente sai de uma mesa com o governo não nos dando nenhuma proposta real para fins de salário e nem para fins de orçamento”, explica. 



Segundo Marcia Umpierre, atualmente, 100% do IFRS Campus Rio Grande está paralisado e com o calendário acadêmico suspenso. Na FURG, a estimativa do sindicato é de que 85% dos docentes estejam aderindo à greve. Durante a entrevista, ela ressaltou as reivindicações da categoria.


 “A gente busca, pelo menos, os patamares do orçamento de 2015, obviamente, considerando a inflação, porque não dá para a gente considerar o valor real lá de 2015 sem trazer para cá. Então, esse é o primeiro ponto. Obviamente, a gente gostaria que se cumprisse com a proposta que se tem, que 10% do PIB fosse para a educação pública, mas  não é o que acontece. Hoje, a gente não chega nem a 2% do PIB para a educação pública nacional. Então, a gente ainda está muito aquém daquilo que a gente almeja. E aí, então, adicionalmente ao orçamento, sim, a proposta de reajuste, a gente teve um reajuste, alguns disseram, mas vocês tiveram reajuste de 9% no ano passado. Sim, a gente teve. Mas as pessoas também precisam compreender que nós não temos, por exemplo, como o trabalhador com carteira assinada, que tem todo ano o dissídio, que é o dissídio da inflação. Nós não temos, isso está na lei, está na Constituição, é nosso direito, mas os governos tradicionalmente não cumprem isso. Então, quando a gente fala que a gente quer o reajuste, a gente está pedindo nada mais, nada menos, do que a recomposição da inflação dos últimos anos”, explica.


Durante a entrevista, a presidente da APROFURG também fez um paralelo entre o governo Bolsonaro e o governo Lula. Na oportunidade, ela também explicou que o Andes - Sindicato Nacional avançou nas negociações com o governo, contudo, os docentes ainda não chegaram em um acordo.  


“No último governo nós não tínhamos negociação, não tinha nem abertura, por exemplo, essa mesa nacional de negociação que eu comentei com vocês antes, no governo Bolsonaro ela foi extinta. Então, assim, era um governo que não estava disposto nem sequer a dialogar. Quando a gente, e sim, foi uma pauta em nós, enquanto movimento, enquanto sindicato, entendemos que este era o governo mais próximo que possível para a gente poder fazer esse diálogo, a gente sabia, nenhum de nós nos iludiu ao pensar, não, agora vai chegar esse governo, a gente vai ganhar tudo que a gente quer. Por que não? Porque é um governo que está em disputa. Então, a gente entende que a greve é um movimento legítimo, não era o que a gente gostaria, a gente gostaria de poder sentar nas mesas de negociações antes e ter conseguido colocar nossas pautas. Porém, como é um governo em disputa, ao mesmo tempo que nós pressionamos, outros grupos também pressionam. E aí, bom, se a gente não tem o mesmo poder financeiro desses outros grupos para pressionar, o nosso poder, enquanto classe trabalhadora, é fazer a greve. E é isso que a gente está fazendo. Se a gente olhar a proposta que o governo nos fez em dezembro de 2023, depois ratificou ali no início de abril, e a que apresentou para nós agora no dia 19, já houve um avanço. mas ainda não é o avanço que a gente gostaria, e até porque houve um avanço na proposta da carreira, porém não apresentou nenhum avanço na proposta orçamentária, então a gente vai seguir, enquanto o governo não nos apresentar uma proposta que atenda às demandas, não só da questão da nossa carreira e do nosso salário. não tiver o orçamento junto, a gente não vai abrir mão desse movimento de greve”, enfatiza Marcia Umpierre.


Confira a entrevista na íntegra:


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