Monporto realiza cirurgia integrada inédita em Rio Grande
Esta cirurgia pioneira foi conduzida em uma paciente rio-grandina de 72 anos e durou aproximadamente sete horas, contando desde a preparação até a conclusão total do procedimento.
Na segunda-feira, 25 de março, um marco importante foi alcançado no cenário da saúde da Cidade do Rio Grande e região sul. O recém-inaugurado complexo hospitalar de saúde suplementar, Monporto, realizou sua primeira cirurgia integrada, combinando especialistas da equipe de ortopedia/traumatologia e neurocirurgia em um procedimento de alta complexidade.
O procedimento envolveu a realização de Artrodese Lombar com parafusos Pediculares e hastes de titânio para tratamento de espondilolistese grau 2 com escoliose degenerativa, aliado a Laminetomia e foraminotomia para descompressão de canal e raízes em seus foramens, realizada devido à compressão de raízes lombares e sacrais. Adicionalmente, foi realizada a ressecção de um tumor intradural extra medular com uso de microscopia. Todo o processo cirúrgico foi acompanhado por neuromonitorização, o que contribuiu e auxiliou, em conjunto com a experiência dos cirurgiões, para que a paciente não apresentasse sequelas frente a estabilização da coluna com parafusos pediculares em vários níveis, em função da escoliose e na descompressão de raízes em conjunto com a ressecção do tumor.
Esta cirurgia pioneira foi conduzida em uma paciente rio-grandina de 72 anos e durou aproximadamente sete horas, contando desde a preparação até a conclusão total do procedimento. A equipe médica que realizou esta cirurgia inédita no município foi composta por 12 profissionais, incluindo dois cirurgiões de coluna, dois neurocirurgiões, neurofisiologista, anestesista e equipe de enfermagem. O Dr. Marcelo Ribeiro Mendes, ortopedista/traumatologista e um dos cirurgiões de coluna envolvidos, destacou a importância da infraestrutura e dos equipamentos de ponta do Monporto, que possibilitaram a realização eficaz deste procedimento complexo. Ele ressaltou que, sem a estrutura do novo complexo hospitalar, a paciente teria que buscar tratamento em cidades como Porto Alegre, São Paulo e Rio de Janeiro, o que poderia dificultar sua realização.
Sobre o pós-operatório, Dr. Marcelo enfatizou o diferencial do Monporto, especialmente a disponibilidade para que os familiares possam acompanhar os pacientes na UTI, tornando o processo de recuperação mais acolhedor. Além disso, enfatizou-se o acompanhamento psicoterapêutico dos pacientes, evidenciando o cuidado integrado de todas as equipes médicas do hospital.
Esta primeira cirurgia integrada no Monporto marca um avanço significativo na área da saúde do Rio Grande, consolidando a cidade como uma referência médica regional. A união de especialidades médicas abre novas perspectivas na área da saúde, oferecendo oportunidades e benefícios para todos os pacientes da região. O Hospital Monporto, da Rede de Saúde Açores, foi inaugurado em março deste ano.
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