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Rio Grande,18/05/2024

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Ique de la Rocha

Maximiano e Golbery

Eles muito fizeram pela Furg e a nossa cidade.


Maximiano e Golbery

Desde a semana passada a nossa Furg tem estado nos noticiários de forma negativa, depois que o Conselho Universitário (Consun) decidiu anular os títulos de Doutor Honoris Causa ao ex-presidente Médici, ao rio-grandino Golbery do Couto e Silva e ao ex-ministro da Marinha Maximiano da Fonseca. A decisão não pegou bem na comunidade, uma vez que os homenageados foram importantes para o desenvolvimento de nosso Município.


No governo do general Emílio Médici iniciaram as obras do chamado Superporto, que consolidou Rio Grande entre os quatro principais portos brasileiros. O General Golbery foi decisivo para a federalização da própria Furg e para que ela tivesse o ensino gratuito. Como Chefe da Casa Civil da Presidência da República, nosso conterrâneo foi importante em vários investimentos do Governo Federal em nosso município.


Já o Almirante e ex-ministro da Marinha Maximiano da Fonseca foi o responsável pela transferência do Comando do 5º Distrito Naval de Florianópolis para Rio Grande e pelo Programa Antártico Brasileiro. Graças a ele, a Furg conquistou a Estação de Apoio Antártico (Esantar). A comunidade homenageou Maximiano da Fonseca dando seu nome à principal avenida da área portuária e industrial.


Golbery do Couto e Silva


Militar e geopolítico brasileiro, nasceu na cidade do Rio Grande em 21 de agosto de 1911 e tornou-se reconhecido como um dos principais teóricos da doutrina de segurança nacional, elaborada nos anos de 1950 pelos militares brasileiros da Escola Superior de Guerra (ESG), sendo um dos criadores do Serviço Nacional de Informações (SNI).


Golbery estudou no Colégio Lemos Junior e em abril de 1927, com 16 anos, ingressou na Escola Militar do Realengo, no Rio de Janeiro, então Distrito Federal, e teve uma carreira exitosa no Exército Brasileiro, sendo considerado um militar brilhante e dos mais destacados.


A partir de 1974, foi Chefe da Casa Civil dos governos militares de Ernesto Geisel e João Figueiredo, quando notabilizou-se como responsável pelo início do processo de abertura política no país.


Golbery do Couto e Silva nunca poupou esforços para atender os pleitos da comunidade riograndina e foi decisivo para a construção da Estação de Tratamento de Esgoto junto ao canal adutor; a implantação dos corredores de exportação que deram origem ao


Superporto; construção das 3.500 casas do Parque Marinha; liberação de recursos do Projeto Cura para obras de infraestrutura nos bairros Getúlio Vargas, Navegantes e Santa Tereza; recursos para a pavimentação da avenida Buarque de Macedo e federalização da Fundação Universidade do Rio Grande (a nossa FURG).


Em 1981 Golbery do Couto e Silva abandonou definitivamente a vida pública. Deixou algumas publicações, entre elas e com forte repercussão internacional, o livro Geopolítica do Brasil. Morreu em São Paulo, em 18 de setembro de 1987.


Duas historinhas


O ex-vereador Renato Lempek recorda que, no período em que integrou o DCE, tendo Paulo Renato Cuchiara como presidente, a entidade estudantil solicitou que o MEC assumisse o pagamento da contra-partida dos universitários no orçamento da Furg. Golbery atendeu a solicitação, o que tornou o ensino gratuito e deu início à federalização de nossa universidade.


Lempek conta que o Chefe da Casa Civil da Presidência também recomendou à sua secretária, dona Lurdinha:


Quando os guris de Rio Grande chegarem não precisa marcar horário!


Golbery gostava de lembrar da infância. Contava que nasceu próximo à escola Joanna D’Arc (atual Bom Jesus) e aprendeu a andar de bicicleta na praça Sete de Setembro.


Já o ex-prefeito Rubens Emil Correa disse a pessoas próximas que, certa vez, estava com o Chefe da Casa Civil, em Brasília, quando alguém abriu a porta do gabinete silenciosamente e botou a cabeça para dentro.


Era o todo poderoso ministro da Fazenda, Delfim Neto. Golbery acenou para Delfim aguardar e voltando-se para Rubens comentou:


Com Delfim eu falo todo dia, mas não é sempre que posso falar com o prefeito da minha terra. Ele pode esperar!


Contato com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com



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