Ique de la Rocha
Ainda a Festimar
Divulgação na região e pesquisas de opinião.
Nesta Festimar avistamos alguns visitantes de outras cidades, especialmente aqui da região. Alguns vieram de carro, avistamos também um ônibus de excursão (acreditamos que tenham vindo mais), o que é muito pouco na comparação com qualquer outra festividade que acontece no Rio Grande do Sul, mas já é um (re)começo.
Lembro de uma das últimas Festa do Mar em que visitei os hotéis da cidade para saber se o evento havia movimentado aqueles estabelecimentos. A resposta dos gerentes foi que a alteração havia sido mínima. Os hóspedes que tiveram foram mais de pessoas ligadas a empresas que prestaram serviço àquele Festa do Mar, cujo ano não lembro, do que propriamente turistas.
Difícilmente alguém virá de Rio ou São Paulo para um evento aqui no Extremo Sul do Brasil. Até mesmo da Metade Norte do Estado fica complicado, porque estamos muito distantes das cidades mais populosas do RS, inclusive de Porto Alegre. Mas os organizadores do Festimar poderiam iniciar uma divulgação nas cidades mais próximas, quem sabe até Bagé. Inclusive poderia se aproveitar a temporada de veraneio, quando o Cassino recebe veranistas da Região Fronteira, para fazer uma divulgação.
Na Festa do Mar em que trabalhei, presidida por Werner Hadrich, lembro que havia a figura do Embaixador da Festa do Mar em várias cidades. Eram pessoas de prestígio em suas comunidades, ligadas à nossa terra ou aos organizadores, que aceitavam a incumbência de divulgarem o evento. O material de divulgação (cartazes, fôlderes ou a programação da Festa|) era enviado a eles ou elas, que colocavam em hotéis, vitrines do comércio e divulgavam junto as agências de turismo.
Também poderia ser trabalhado o turista catarinense, aproveitando que há mais de dez anos, por ocasião da Festa de Iemanjá e da procissão marítima de Nossa Senhora dos Navegantes, respectivamente, dias 1º e 2 de fevereiro, cerca de cinco ônibus de Florianópolis e/ou de Criciúma, aqui se fazem sempre presentes.
Claro que, com o incremento na presença de turistas, a Festimar precisaria de um formato maior, mas usando a criatividade Rio Grande tem muito o que mostrar.
A importância das pesquisas de opinião
Seria interessante que os organizadores da Festimar se manifestassem a respeito dos projetos para as próximas edições. Acreditamos que a ideia seja ir crescendo ano a ano. Os organizadores da Fenadoce, quando retornou em sua segunda fase, já que depois de alguma edições passou anos desativada, vieram ao Rio Grande ver como era feita a Festa do Mar. Reiniciaram timidamente na região do porto de Pelotas, instalações da antiga fábrica Cotada, e em seguida cresceram e nos passaram de viagem.
Afora os investimentos feitos e o apoio da comunidade pelotense, reparei que o evento da vizinha cidade cresceu também por uma iniciativa muito importante e que deveria ser óbvia: a realização de pesquisas de satisfação com a população, os comerciantes e expositores, bem como com os turistas.
A Fenadoce sempre trabalha em cima de pesquisas. Os entrevistados dão suas opiniões, apontam os pontos positivos e negativos e os organizadores trabalham em cima dessas pesquisas para irem aprimorando o evento ano a ano. Inclusive lá em Pelotas eles consultam a rede hoteleira e tem até o número de excursões que vão a cada edição da Fenadoce. Terminado o evento os números são divulgados. Um dos dados que chama a atenção, em Pelotas, é que não baixam de 300 o número de excursões que dirigem-se à Princesa do Sul. Se hoje tivéssemos na Festimar dez por cento desse número já estaríamos soltando foguete.
A própria Rede Globo cresceu em cima de pesquisas de opinião, que tornou famoso o antigo Ibope. Seria importante que elas fossem feitas em nossa Festimar, nas próximas edições.
Griffe
A verdade é que uma festa, como a Fenadoce, Festa do Mar, Festa da Uva ou a própria Festimar, são importantes para o desenvolvimento do município. Caxias do Sul incrementou ainda mais a sua economia e o turismo com o seu grande evento. Pelotas transformou em grife os doces de Pelotas. Se alguém abrir uma confeitaria em qualquer lugar do país com a marca “Doces de Pelotas” provavelmente terá sucesso. Está na hora de vendermos o nosso peixe.
Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com
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