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Rio Grande,27/07/2024

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Ique de la Rocha

Aspecto de abandono

Capinzal tomou conta da cidade.


Aspecto de abandono

Ique de la Rocha

 

Aspecto de abandono

Capinzal tomou conta da cidade

 

Tem muita gente reclamando que a cidade encontra-se com aspecto de total abandono. Começa que o capinzal toma conta de quase toda a cidade e uma das perguntas que se faz é se o Município conta com serviço de manutenção das nossas ruas. Até mesmo em ano de eleição o Rio Grande nunca esteve tão atirado como hoje. O que está acontecendo? E nossa Câmara de Vereadores o que faz? Será que estão achando tudo normal?

Quando iniciei a coluna n’O Litorâneo protestei que as chamadas forças vivas não se manifestaram quando a RBS levou nossa TV para Pelotas e muito menos quando nosso único jornal diário, o “Agora”, encerrou as atividades. Cheguei a comentar que não haveria interesse, porque sem imprensa não existem críticas.

Hoje a gente sente exatamente isso. Uma cidade com 200 mil habitantes sem um único jornal. Ainda mais em se tratando do “Agora”, que fez um jornalismo muito atuante, publicando os anseios e também as reclamações da comunidade. Um jornal onde os jornalistas tinham total liberdade para publicarem as notícias sem a preocupação se iria incomodar este ou aquele setor. O compromisso era com a verdade dos fatos.

Fico imaginando se o “Agora” estivesse em atividade, as manchetes e fotos mostrando o que se passa em nossas ruas, no Centro e nos bairros. Haveria espaço para todos os posicionamentos e para a Municipalidade se justificar. Os vereadores não teriam como ficar omissos, como ocorre atualmente, e aquele espaço que havia na página 2, aberto às cartas dos leitores, provavelmente estaria ocupando quase que a página toda com as reclamações do dia-a-dia e também com os problemas da Educação no município e muitas outras situações negativas.

Pois agora não tenho mais dúvidas. Ao invés de serem bairristas, algumas de nossas lideranças (não dá para colocar todos no mesmo time) devem ter festejado o fechamento de nosso mais importante veículo de comunicação. Afinal, não tem mais crítica. Certamente aos responsáveis pelo caos que se encontra nossa cidade a crítica não interessa. Tanto que ninguém se movimenta para apoiar a imprensa local. Quem nos salva são os responsáveis por alguns sites, e mais particularmente o André Zenobini, que se dedica incansavelmente para alimentar este site com as notícias da cidade e região e incentivar os leitores a debaterem sua terra.

 

Falta projeto para a cidade

O atual momento do Rio Grande não colabora nem com a democracia. Como estamos em ano eleitoral, poderíamos dizer que as eleições para prefeito seriam a solução. Só que na última eleição não vimos candidatos apresentando ou debatendo projetos importantes para o município e tudo leva a crer que este ano a situação se repetirá. Teremos candidatos, lógico, mas eles apresentarão um projeto para a cidade ou será mais um período eleitoral vazio de ideias?

 

Rio Grande piorou de 30 anos para cá

Convido o leitor a comparar Rio Grande com o que era há 30 anos e no que se tornou hoje. Tirando o asfalto, quase nada de novo aconteceu. Que nem o Calçadão no trecho entre a Duque de Caxias e General Netto que é o mesmo do tempo em que foi construído por Rubens Emil Correa, ainda nos anos de 1970.

 

Mercado vazio

Podemos exemplificar com o Mercado das duas cidades para ilustrar a diferença de Pelotas para Rio Grande. Na Princesa do Sul o Mercado virou point e é frequentado por toda a comunidade e pelos turistas. Sempre cheio. Aqui, o Mercado também passou por algumas reformas, mas a maioria meia-sola e está lá, com várias bancas fechadas, sem movimento e sem as autoridades do Município saberem o que fazer com ele. Esta é a verdade. Na vizinha cidade as coisas decolam, enquanto aqui já tem gente conformada com o fato de estarmos nos tornando bairro de Pelotas.

 

O porto concorrente

E só falta o porto local passar a ter o nome da vizinha cidade, já que pelotense é o que não falta na Portos RS. Enquanto isso, coincidência ou não, pela primeira vez na história está para surgir um porto marítimo para concorrer com o nosso no Rio Grande do Sul que, uma vez concretizado, vai nos tirar muitas cargas. Este prejuízo para Rio Grande poderá ser depositado na conta do atual governador. Afinal, as reclamações dos empresários da Serra com relação aos serviços prestados pelo porto nunca foram resolvidas e a construção em Arroio do Sal só está acontecendo porque hoje a produção de Caxias do Sul, Bento Gonçalves e outras importantes cidades daquela região, escoa pelos portos catarinenses.

 

Contatos com a coluna pelo email: iquedelarocha@gmail.com   



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