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Rio Grande,04/05/2024

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Lênin Landgraf

Não é guerra, é genocídio

Estou convencido de que o Estado de Israel faz com o povo palestino neste momento não é guerra, é genocídio.


Não é guerra, é genocídio

Lênin Landgraf

Mestre em História (UFPel)

leninplandgraf@hotmail.com 


Não é guerra, é genocídio


Eu, assim como tantos outros cientistas sociais, historiadores, políticos, intelectuais, pesquisadores e etc., estou convencido de que o Estado de Israel faz com o povo palestino neste momento não é guerra, é genocídio. Isso aliás, para os que estudam o conflito desde sua origem, não para os que caíram de paraquedas na discussão agora, é evidente há muito tempo. No pequeno, mas excelente, livro “O que é a Questão Palestina”, de Helena Salem, é possível entender a origem do conflito e todo seu desenrolar ao longo da segunda metade do século XX.

Em tempo, com o intuito de evitar possível mal entendido, a crítica aqui, assim como em tantos outros lugares que vejo, é ao sionismo, jamais ao povo judeu, que como todos nesta terra merecem o devido respeito. Desde o final do século XIX o movimento sionista batia na tecla para a criação de um Estado próprio para os judeus. O feito foi alcançado em 1948, quando cria-se o Estado de Israel em território antes pertencente aos palestinos. Aqui cabe uma reflexão bem simples: imagine que repentinamente, por ordem de alguém que tu nem conhece, decidam pegar parte do território do RS e transformar em um novo estado, com a chegada massiva de novas pessoas aqui. Ainda mais, que ao longo dos anos, o território que “sobrou” para o Rio Grande do Sul vá diminuindo sucessivamente. Isso é inaceitável, certo? 

De lá para cá os conflitos na região são constantes, constante também é a ideia sionista de acabar com o que restou dos palestinos na região. A intenção de dois estados, um judeu e um palestino, nunca foi o objetivo deles. Para os sionistas só há uma solução: a hegemonia total do povo israelense naquela região. 

E veja bem, é evidente que Israel tem o direito de se defender de ataques terroristas em seu território. Não há dúvida sobre isso. Ocorre que, desde o início do conflito atual, as tropas israelenses matam a esmo o povo palestino. Prova disso é o número assustador de crianças – essas não são terroristas, né? – e mulheres que foram mortas em alguns meses. Além disso, Israel havia ordenado a saída dos palestinos de certa região na Faixa de Gaza pois, segundo eles, somente aquela região sofreria intervenção militar. Ledo engano. Agora, após concentrar ampla maioria da população em apenas um setor do território, as tropas israelenses seguem seus ataques contra civis e ameaçam uma nova incursão terrestres. A destruição é total.  

O que está posto é um verdadeiro massacre do povo palestino, que em sua maioria não tem qualquer ligação com grupos extremistas. Lula tem razão ao condenar o que vem acontecendo na Faixa de Gaza. Prova disso, é que após as declarações do presidente, dezenas de líderes mundiais passaram a condenar abertamente as medidas do Estado de Israel, inclusive o seu maior apoiador: os Estados Unidos.

A solução, que evidentemente está muito distante, é a coexistência pacífica de dois Estados na região. Mas para isso, primeiro, é necessário o reconhecimento mundial de um Estado livre e soberano dos palestinos.  



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